A Polícia Federal do Brasil (PF) deflagrou nesta quinta-feira (28) a segunda fase de uma operação para combater um esquema que utilizou criptomoedas em seus crimes, após a Justiça Federal de Campinas emitir os mandados.
Em setembro de 2021 a PF já havia cumprido os primeiros mandados relacionados com essa investigação que começou ainda em 2019.
As suspeitas são que o grupo tenha movimentado mais de 230 milhões de reais, valores provenientes de vários crimes. Pelo menos quatro empresas estão sendo investigadas na nova fase e são alvos de mandados que já estão sendo cumpridos pela autoridade policial.
PF mira esquema que utilizou criptomoedas em nova operação
A nova operação deflagrada pela PF, chamada Operação Dollaro Bucato II, tem como objetivo reprimir crimes contra o sistema financeiro nacional que consiste em operações de câmbio ilegal e evasão de divisas.
As investigações começaram em 2019 e seguiram até 2021, quando a primeira fase da operação foi deflagrada e o cumprimento de mandados foi realizado pela polícia federal.
Com a primeira fase foi possível apreender documentos e dispositivos eletrônicos, que demonstraram para a investigação milhares de operações financeiras realizadas pelo grupo. Essas transações ilegais foram conduzidas por pessoas físicas e jurídicas.
Em nota a PF informou que as remessas não autorizadas enviadas ao exterior tinham como destino especial o continente asiático.
Contudo, além de movimentar moedas no estrangeiro por operações conhecidas como dólar-cabo, a investigação detectou também o câmbio de moeda em território nacional, o uso de empresas de fachada operações de importação fictícias e o envio de capital para empresas que comercializam criptomoedas, as corretoras.
A PF não divulgou o nome das empresas investigadas e nem dos suspeitos. Eventuais corretoras de criptomoedas utilizadas no crime também não tiveram detalhes divulgados.
Ao todo ainda investigação acredita que mais de 1 bilhão de reais tenha passado pelas pessoas físicas e jurídicas dessa organização criminosa, sendo que pelo menos 230 milhões de reais passaram por contas bancárias de pessoas jurídicas que podem ser apenas de fachada
PF apura se grupo criminoso criou pirâmide financeira
Entre as atividades criminosas desse grupo a polícia federal acredita que várias práticas tenham sido realizadas para captar valores.
Assim estão sendo avaliadas se a organização criminosa criou pirâmides financeiras para angariar recursos. Além disso, crimes de descaminho, contrabando e tráfico de drogas também estão na mira da investigação.
Nesta quinta foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça federal de Campinas que tem como alvo oito pessoas físicas e quatro pessoas jurídicas. Dessas, os alvos estavam nos estados de São Paulo (Campinas (1), São Paulo (6), Santo André (1), Itapira (1)) e Goiás (Goiânia (3).
Caso condenados suspeitos podem pegar até 10 anos de prisão pelos crimes.