Philip Han e esposa são alvos da Polícia Civil, suspeitos de criar 6 pirâmides com criptomoedas

Segundo investigação, nos últimos 9 anos foram várias pirâmides abertas.

Uma operação deflagrada pela polícia civil de São Paulo nesta terça-feira (23) busca Philip Han e sua esposa, após ele criar pirâmides com criptomoedas. As suspeitas é de que em nove anos, pelo menos 6 pirâmides tenham sido criadas pelo seu grupo.

Atualmente no Brasil, criar pirâmides com uso da imagem das criptomoedas é uma das atividades mais lucrativas  para os criminosos, que roubam milhões e saem impunes na maioria dos casos.

Um dos problemas para combater os golpes está justamente na base criada em cada esquema. Isso porque, os líderes que convocam mais vítimas não costumam ser parte em denúncias, assim como os lesados demoram acionar as autoridades judiciais após o colapso das pirâmides.

Em alguns casos, investidores ficam aguardando “a liberação dos saques” prometidas pelos golpistas, dando tempo para que o golpe se consolide. De qualquer forma, a nova operação mostra que a impunidade não deve continuar sendo uma máxima do setor.

Philip Han e esposa são alvos de Operação da Polícia Civil após a criação de pirâmides com criptomoedas

Em outubro de 2020, a CVM da Suíça investigou o negócio da My Hash, suposta pirâmide financeira criada por brasileiro Philip Han, descendente de sul-coreanos.

Naquele mesmo ano, a empresa FX Trading foi investigada por possível golpe de R$ 1 bilhão com a imagem do Bitcoin, quando a Folha de São Paulo divulgou relatos de vítimas do esquema.

A frente dos negócios estava Philip Han, que acompanhado de sua esposa, foi alvo na madrugada desta terça de uma operação da Polícia Civil de São Paulo em Santana de Parnaíba, região metropolitana na capital.

Ele é investigado por criar inúmeras empresas nos últimos anos, utilizando elas para cometer crimes como de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro, de acordo com informações reveladas pelo repórter Renato Jakitas, do Estadão.

Entre os golpes, FX Trading, F2 Trading e My Hash prometiam lucros de até 50% sobre o capital aportado, mas que deixaram um rastro de prejuízo entre investidores brasileiros.

Na operação dessa madrugada, Han foi procurado em um condomínio de luxo.

Philip Han FX Trading (reprodução/facebook)
Philip Han FX Trading (reprodução/facebook)

Projeto de lei a ser aprovado aumentará pena de crimes com criptomoedas

Entre empreendedores, o termo “empreendedor serial” indica um perfil de gestor que gosta da aventura de criar negócios em série, mas de respeito.

Contudo, no setor de criptomoedas no Brasil, o cenário indica que “piramideiros seriais” surgem com a impunidade do país, e a operação desta terça pode ser um indicativo que a situação está para mudar.

Além disso, um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional deverá fixar a pena base para quem criar golpes com criptomoedas, podendo penalizar também seus divulgadores.

Mais importante que leis é a consciência dos próprios investidores sobre os riscos de onde colocam seu dinheiro, que devem desconfiar quando se depararem com promessas de lucros muito acima do mercado, seja com criptomoedas, avestruz, entre outros mais.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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