Uma pirâmide financeira envolvendo as criptomoedas, como o Bitcoin, usou o nome do ex-jogador Michael Jordan. Assim como Kobe Bryant, que faleceu em um trágico acidente recentemente, Jordan é uma lenda do basquete norte-americano.
A associação de Michael Jordan com um esquema ponzi, porém, não teve nada a ver com as quadras de basquete. De fato, a pirâmide que cita seu nome afetou jogadores da Major League Baseball (MLB).
Os homens por trás da operação fraudulenta estão sendo processados pela justiça norte-americana. Nomeada Zima Digital Assets, foi fundada por John Michael Caruso e Zachary Salter. Ambos prometiam rendimentos garantidos com trade de criptomoedas e indicações com marketing multinível.
Pirâmide envolvendo Bitcoin utilizou nome de Michael Jordan para lesar investidores
Cerca de 100 pessoas foram lesadas pelo golpe da Zima Digital Assets nos EUA. O golpe conseguiu arrecadar mais que U$ 7 milhões das vítimas, algo em torno de R$ 32 milhões. Todo o dinheiro foi arrecadado em apenas 18 meses de funcionamento da Zima.
A Zima Digital foi uma empresa que surgiu para dar legitimidade ao golpe promovido por John e Salter. John se apresentava para as vítimas como o Michael Jordan do trade de criptomoedas, ou seja, seria uma lenda das operações.
Além disso, conseguiu atrair ex-jogadores profissionais da MLB, uma liga famosa nos EUA de um esporte bastante acompanhado. Com isso, utilizava a imagem dos ex-jogadores de beisebol para dar ainda mais legitimidade ao fraudulento esquema.
Tudo desmoronou quando o Serviço Secreto dos EUA começou a investigar as operações suspeitas. O distrito de Arizona está com um processo aberto contra a Zima e seus sócios, que foram presos.
Prisões foram feitas nos últimos dias, carros de luxos foram apreendidos
John Michael Caruso se apresentava também como “Kryp + 0 K! Ng”, uma espécie de nome comercial. O alegado Michael Jordan do Bitcoin, que criou uma super-pirâmide, teve sua prisão em 30 de janeiro.
Seu sócio, Zachary Salter, teve a prisão decretada em 29 de janeiro, também preso no dia 30 daquele mês. Além das prisões conduzidas contra os sócios da empresa fraudulenta, vários carros de luxo foram apreendidos.
No caso do Michael Jordan das criptomoedas, John Caruso foi pego com uma Lambo, Rolls Royce, Ferrari e Aston Martin. Além disso, teria tido uma ótima qualidade de vida, viajando em jatos particulares para Londres, Havaí e Cabo San Lucas. O dinheiro, claro, era dos investidores.
Já Zachary, que também mantinha um perfil público envolto em luxo no Instagram, foi pego com uma Mercedes, BWM, Audi e um Chevy de 1957. Nenhum dos dois homens presos declaravam renda ao governo dos EUA de forma apropriada.
A Justiça dos EUA está processando ambos por fraude bancária e lavagem de dinheiro, além da prática de estelionato. Em resumo, rendimentos prometidos com criptomoedas, nem no Brasil, nem nos EUA, é uma prática correta e duradoura.