Se você já tentou realizar transações nas principais blockchains durante períodos de pico, já sabe qual é o problema: Na rede Ethereum, a transação será queimada caso a taxa esteja muito baixa, você perde as taxas (que vão para os mineradores) e o ETH/token da transação é retornado para o endereço original.
A Solução
As duas propostas mais conhecidas, a Lightning Network (LN) para o Bitcoin e a Plasma para o Ethereum são de co-autoria da mesma pessoa, Joseph Poon. O co-autor da Plasma é ninguém menos que Vitalik Buterin, co-fundador do Ethereum.
A proposta na rede Ethereum se chama Plasma, ela consiste no uso de sidechains para desafogar o fluxo na chain principal, o Ethereum. A solução é parecida com a da LN, todavia no lugar dos canais, são usadas sidechains.
Vamos fazer uma analogia: Imagine que exista apenas um banco em sua cidade e todo início de mês o mesmo fica lotado de pessoas querendo sacar seu salário e pagar contas, a solução é bem simples: criar novos pontos como caixas eletrônicos, lotéricas, home banking, etc. e todos esses pontos respeitam as regras daquele banco que antes estava superlotado.
Apenas os cabeçalhos são enviados a rede principal, assim como acontece em carteiras leves de Bitcoin por exemplo, diminuindo imensamente o tamanho dos dados sem reduzir tanto a segurança, já que no final é a rede principal que verificará a integridade dos blocos enviados a ela e caso haja alguma tentativa de fraude, os validadores são punidos financeiramente.
Além disso, também será possível a existência de que uma blockchain funcionando com a Lightning Network implementada rode em cima da rede Ethereum, elevando ainda mais o poder de processamento de transações.
Além de todos os desafios que não detalhamos aqui, como o mass exit (saída em massa) que causaria um spam na rede, para que a Plasma entre em funcionamento o Ethereum precisa migrar de PoW para PoS, o que ainda pode demorar um bom tempo.
Embora a Lightning Network no Bitcoin ainda esteja engatinhando e a Plasma leve um tempo para ser implementada, a possível adoção em massa destas duas melhorias pode mudar completamente o setor de blockchain, principalmente pelas transações monetárias de bitcoin que é considerado o ouro das criptos e pelos tantos casos de uso que o Ethereum oferece graças aos seus contratos inteligentes. Provavelmente veremos muitas shitcoins morrendo e mais dApps sendo apresentados.
Caso você tenha um maior interesse sobre todo o funcionamento técnico, consulte o whitepaper da Plasma.