Polícia Civil do DF se une para acabar com falsos investimentos com criptomoedas (Crédito/PCDF)
A Polícia Civil do Distrito Federal e de outros estados brasileiros derrubaram um grande golpe de falsos investimentos com criptomoedas liderado por um grupo de chineses de São Paulo, que se apresentavam para vítimas com um perfil de um doutor em São Paulo.
Batizada Operação Policial “EBDOX”, a nova ação começou em 2024 após denúncias de vítimas contra a plataforma de mesmo nome. No Reclame Aqui, por exemplo, a plataforma reúne mais de 400 reclamações públicas de vítimas.
Informações divulgadas pela PCDF indicam o cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão e outros três de prisão temporária. As buscas ocorreram no dia 3 de setembro, nas cidades de São Paulo/SP, Guarujá/SP, Boa Vista/RR, Curitiba/PR, Dourados/MT e Entrerios/BA.
Além disso, houve ainda medidas de sequestros de valores. Os investigados devem responder pelos crimes de estelionato com fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As investigações tiveram início no mês de abril de 2024, quando diversas vítimas do Distrito Federal entraram em grupos de WhatsApp liderados por um suposto doutor em economia na USP, o qual dava dicas de investimentos para os integrantes.
Após adquirir a confiança dessas vítimas, o suposto doutor indicou uma plataforma de investimentos intitulada EBDOX. Este era o local eram feitas aplicações com promessas altos retornos dentro da plataforma.
Quando as vítimas passaram a solicitar os saques na plataforma, foram informadas de um suposto bloqueio dos valores por parte de uma força tarefa da Polícia Federal e que seria necessária uma caução de 5% para liberação dos saques.
Após esse novo pagamento da caução, os valores não foram liberados e em seguida a plataforma saiu do ar, deixando as vítimas no prejuízo.
Somente uma vítima residente em Taguatinga/DF teve um prejuízo superior a R$ 220 mil. Já em um sítio eletrônica de reclamações, há mais de 400 queixas de vítimas da falsa plataforma de investimentos
Após o início das investigações, foi constatado que o grupo era liderado por indivíduos de nacionalidade chinesa residentes na região central de São Paulo/SP, os quais cooptaram brasileiros para organizar os grupos de WhatsApp onde as vítimas eram enganadas.
Havia uma estrutura rígida de monitoramento dessas pessoas que tinham catálogos para prestarem informações em chinês para os líderes do grupo e eram remuneradas com criptomoedas.
Somente uma das empresas destinatárias do proveito do crime movimentou mais de R$ 1 bilhão (um bilhão de reais) durante o ano passado.
Por fim, houve a descoberta que os valores provenientes dos crimes eram lavados através da compra de criptomoedas, de créditos de carbono e ainda com a exportação de alimentos de Boa Vista/RR para a Venezuela. Com informações da PCDF.
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