A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou a operação “Wallet” (carteira) nesta segunda-feira (28). Contando com um efetivo de 120 policiais e 45 viaturas, a ação cumpriu diversas ordens judiciais, como apreensão de carteiras de criptomoedas, bloqueio de contas bancárias e mandados de prisão.
A investigação inicial teve foco no tráfico de drogas. Segundo o anúncio, membros da organização já haviam sido presos em 2019, mas voltaram a cometer os mesmos delitos, agora usando criptomoedas.
Também existe uma suspeita de que o grupo esteja ligado a prisão da brasileira presa na Indonésia em dezembro de 2022 por tráfico de cocaína.
Operação Wallet, da Polícia Civil de Santa Catarina, contou com apoio de 120 policiais
A Polícia Civil de Santa Catarina revelou o bloqueio de 16 carteiras de criptomoedas, o que resultou no nome da operação, Wallet. Além disso, também cumpriu 32 mandados de busca e apreensões, 17 mandados de prisão, bloqueios de 15 contas bancárias e empresas e apreensão de veículos.
Segundo as informações, o grupo estaria envolvido no tráfico de drogas desde 2019, já tendo passagem pelos mesmos crimes. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Imbituba, Camboriú, Navegantes.
“A investigação da operação Wallet se iniciou no ano de 2022 após levantamento que o mesmo grupo preso em 2019 continuava atuando fortemente no tráfico de drogas e envio de cocaína em malas de viagem”, aponta a nota oficial da Polícia Civil.
“Ele faz um trabalho artesanal para ocultar drogas em malas.”
Dado o método utilizado pelo grupo, a Polícia Civil acredita que eles sejam os mesmos responsáveis por um caso de trocas de malas que ficou famoso no final do ano passado. Na oportunidade, uma brasileira foi presa na Indonésia após a Polícia local encontrar pacotes de cocaína em sua mala. No país, o crime pode levar a pena de morte.
“Inclusive a brasileira que saiu de Santa Catarina e foi condenada a 11 anos de prisão pode ter sido enviada por este grupo que estamos investigando”, comentou o delegado Claudio Monteiro.
Em um dos locais também foram apreendidas estufas, estufas, plantas de maconha e outras parafernálias.
Por fim, a nota oficial aponta que os criminosos estariam usando criptomoedas tanto como moeda de troca quanto para armazenamento de bens. Não foram divulgados detalhes sobre os montantes apreendidos.