Polícia invade corretora de criptomoedas e empresa se revolta com abordagem

Famosa empresa do mercado disse que autoridades não perguntaram antes de deflagrar operação e se mostrou a disposição das autoridades.

A polícia da Bulgária invadiu a sede da corretora de criptomoedas Nexo, que trabalha com mais de 500 pares de negociações no mercado. Conhecida mundialmente, a empresa vinha sendo investigada pelas autoridades nos últimos meses.

Na última quarta-feira (11), a polícia deflagrou uma operação contra o negócio, mirando conhecer a realidade da plataforma em possíveis fraudes.

Uma das linhas da investigação envolve até a guerra entre Rússia e Ucrânia, que a Nexo é suspeita de facilitar transações para russos.

Além disso, a plataforma pode ter ajudado líderes da pirâmide financeira OneCoin a lavar dinheiro, ambas situações preocupantes para autoridades.

Vale lembrar que muitos brasileiros já investiram com a Nexo, empresa que atuou no país nos últimos anos.

Polícia invade sede da corretora de criptomoedas Nexo, criada em 2017

Atuando no mercado de criptomoedas nos últimos anos, a Nexo permitia a negociação de ativos por clientes. Além disso, oferecia rendimentos associados às moedas digitais, para clientes que custodiassem suas moedas na plataforma.

Chamando atenção do mercado mundial, contudo, a empresa agora passa por problemas com autoridades em todo o mundo.

De acordo com informações do Novinite, os principais líderes da corretora fugiram para Dubai desde que o FBI, nos EUA, começou a investigar a empresa. Assim, a operação contra a sede na Bulgária tenta encontrar provas de fraudes da empresa, seja envolvendo a pirâmide OneCoin ou ajuda a russos considerados terroristas.

Além disso, autoridades investigam se os sócios que evadiram do país roubaram moedas dos clientes. Nos últimos meses, muitas corretoras passam por problemas no mercado de criptomoedas, com falências e fraudes deixando clientes em risco.

Corretora indignada com a atuação policial e alega que empresas do setor podem estar sendo extorquidas por autoridades em países corruptos

A Nexo, que até então seguia com suas operações no mercado, acabou lamentando a abordagem policial em sua sede na Bulgária.

De acordo com um comunicado público, a empresa declarou que sempre respeitou regras de prevenção a lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Na visão da corretora, cometer crimes com criptomoedas é terrível com as modernas ferramentas de rastreio em blockchain.

Além disso, indicou que ajudou a reunir fundos para enviar de doação para a Ucrânia, desde o início da invasão russa no país. Por fim, declarou que se coloca a disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

No entanto, chamou atenção que, na mesma nota, a Nexo declarou que as recentes repressões contra empresas de criptomoedas são perigosas, principalmente em países corruptos, sugerindo que plataformas passam por “extorsão”.

“Infelizmente, com a recente repressão regulatória às criptomoedas, alguns reguladores adotaram recentemente a abordagem de chutar primeiro, fazer perguntas depois. Em países corruptos, isso beira a extorsão, mas isso também passará.”

O caso segue apurado pelas autoridades búlgaras, que contam com uma grande equipe de investigadores trabalhando no caso.

Apesar da operação contra a Nexo, sua criptomoeda própria não sofreu impactos no mercado. Atualmente a 88.ª em market cap, a NEXO segue cotada em US$ 0,72, com queda de 0,02% nas últimas 24 horas.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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