
Máquinas de mineração de Bitcoin apreendidas seriam levadas para o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 14 máquinas de mineração de Bitcoin na última sexta-feira (17) no Rio de Janeiro. Os equipamentos estavam sendo transportados por um motorista sem habilitação.
As máquinas teriam entrado pela Ponte de Amizade, fronteira entre o Brasil e o Paraguai, mas não possuíam documentação para comprovar a regularidade da importação.
Embora as autoridades não tenham revelado o modelo específico, somente a fabricante, hoje as ASICs mais modernas conseguem gerar até R$ 3.600 por mês, ignorando custos de energia.
A apreensão dos equipamentos aconteceu na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Itatiaia, na última sexta-feira (17).
O condutor do veículo foi abordado por volta das 15h na praça de pedágio da região. Identificado somente pela sua idade, 20 anos, ele não tinha habilitação, o que chamou a atenção dos policiais.
No veículo foram encontradas 14 ASICs de mineração Antminer, da fabricante Bitmain.
O motorista afirmou que elas foram trazidas do Paraguai, mas não possuia os documentos de importação para comprovar a regularidade do material. Ainda segundo o condutor, as máquinas seriam levadas para o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
“A Receita Federal foi acionada para verificação e esclareceu que, de acordo com a legislação aduaneira vigente, equipamentos novos de mineração devem ser acompanhados de nota fiscal de importação e do devido recolhimento de tributos”, explicou a PRF.
“No caso de equipamentos usados, a importação é expressamente proibida.”
As máquinas foram apreendidas e a ocorrência encaminhada à Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho (DIREP) da Receita Federal.
Além da apreensão na última sexta-feira (17), outros dois casos recentes envolvendo mineração de Bitcoin foram registrados no Rio de Janeiro recentemente.
Em agosto, por exemplo, a Polícia Militar descobriu uma fazenda de mineração clandestina em Campos dos Goytacazes. A ação resultou na prisão de um servidor público envolvido com o possível furto de energia.
Já em setembro, a Polícia Civil apreendeu diversas máquinas de mineração em outra operação clandestina que também furtava energia elétrica.
Conformes os custos com eletricidade são o maior gasto fixo dessas operações, isso explica porque alguns mineradores optam por violar a lei.
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