Chegou ao fim mais um curso de capacitação promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no Brasil. Agora, vários policiais aprenderam a bloquear criptomoedas que estejam no exterior.
Essa capacitação é importante para que os agentes da polícia civil consigam realizar suas investigações. Em vários casos, os criminosos acabam enviando dinheiro para corretoras no exterior e as autoridades conseguem identificar essas transações.
Com o encerramento de mais uma turma, o Brasil agora conta com 141 agentes capacitados. Vale o destaque que a polícia federal também atua com o bloqueio de criptomoedas no exterior.
Recentemente, criptomoedas de um dos líderes da pirâmide financeira Indeal, por exemplo, foram encontradas e bloqueadas nos Estados Unidos.
Policiais participam de capacitação e aprendem a identificar e bloquear criptomoedas no exterior
O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (DRCI/MJSP) promoveu mais um curso recentemente. Em cooperação com a Diretoria de Operações da Secretaria de Operações Integradas (DIOP/SEOPI) 33 policiais participaram de uma capacitação importante.
Com o tema de “cooperação penal internacional”, 33 agentes da polícia civil foram treinados. Os policiais são lotados no Distrito Federal e estados, atuando em delegacias que atuam no combate a corrupção e combate ao crime organizado.
O curso faz parte do programa Grotius Brasil, também chamado de Programa Nacional de Difusão da Cooperação Jurídica Internacional. De acordo com a diretora do DRCI, Silvia Amélia Fonseca de Oliveira, a capacitação ao policial é beneficial a toda sociedade.
“O objetivo é qualificar esses profissionais para que estejam efetivamente mais aptos no exercício de suas missões. Dar condições e conhecimento ao policial traz benefícios a toda sociedade”, declarou Silvia
Durante o curso então os agentes estudaram as competências do DRCI. Além disso, entenderam mais sobre cooperação jurídica internacional e as atividades da polícia federal no assunto. A PF, por exemplo, é a representante da Interpol no Brasil.
Crimes como sequestro de crianças, crimes cibernéticos, assalto a mão armada, prisão de foragidos internacionais, identificação e apreensão de criptomoedas no exterior, entre outros, foram assuntos da capacitação promovida.
Iniciativa promove mais agilidade no atendimento de demandas internacionais
A capacitação tem como objetivo principalmente apresentar o DRCI aos agentes. Desse modo, demandas internacionais poderão ser trabalhadas com mais agilidade e menos erros, destacou o Coordenador-Geral de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal do DRCI, Dr. Frederico Skora Lieberrenz.
“O DRCI possui, entre suas atribuições, ser ponto de contato de diversas redes de cooperação internacional, proporcionando uma comunicação mais direta e célere entre as autoridades, a fim de solucionar problemáticas encontradas no momento da execução das diligências”, afirmou Frederico
Participaram da capacitação vários membros da DRCI, da Polícia Federal e SEOPI. Com esse programa de capacitação, mais de mil servidores já receberam orientações desde 2011.
Como anunciado pelo Livecoins recentemente, a PF conheceu uma ferramenta para rastreio de criptomoedas. Por fim, o tema parece ser cada vez mais estudado por autoridades policiais do Brasil, que conhecem mais sobre a tecnologia e buscam maneiras de interceptar crimes com ela.