Possível falência de gigante cripto pode gerar “venda massiva de bitcoin”, alerta famoso trader

No total, o fundo da Grayscale possui mais de 3% de todos os bitcoins existentes. Como comparação, a empresa de Michael Saylor, MicroStrategy, possui 132.500 BTC, já a Grayscale 643.572 BTC, uma diferença de quase cinco vezes.

Conhecido como O Lobo de Todas as Ruas (The Wolf of All Streets, um trocadilho com o apelido de Jordan Belfort), o trader Scott Melker mostrou-se preocupado com a atual situação da Digital Currency Group (DCG) e a Grayscale.

Segundo Melker, a insolvência da Genesis, outra subsidiária da DCG, parece ser um problema isolado, não causando impacto na Grayscale. No entanto, nota que caso este fundo precise ser desfeito, as consequências serão graves.

No entanto, o trader mostrou-se tranquilo com a Genesis, afirmando que o mercado já precificou a sua insolvência e possível quebra.

Possível falência do DCG será pior que da FTX?

Em carta enviada a seus acionistas nesta terça-feira (18), a Digital Currency Group (DCG), afirmou que estaria suspendendo o pagamento de dividendos a seus acionistas. Portanto, a crise que afeta a empresa pode rapidamente colocá-la ao lado de tantas outras gigantes que faliram nos últimos anos, como Voyager, Tree Arrows Capital (3AC) e Celsius.

Apesar do tamanho do DCG, Scott Melker acredita que sua possível falência não será tão grave para o mercado. Em conversa com a Kicto News, o trader apontou o seguinte.

“Não acredito que [a falência da DCG] será mais catastrófico que a FTX.”

“Na minha opinião, a FTX foi o pior cenário possível. Além de seu tamanho e número de ativos e credores, Sam Bankman-Fried era visto como um enviado de Deus para a cripto-indústria”, comentou Scott, destacando as inúmeras doações de SBF para políticos.

Finalizando, aponta que a FTX era usada por investidores que amam as criptomoedas, incluindo instituições.

“Essas pessoas perderam seu dinheiro e não estão mais posicionadas com ‘longs’”, continuou. “A FTX foi o pior cenário por causa das pessoas e comunidade que perderam seu dinheiro. A [quebra do] DCG terá efeitos institucionais, mas o trader comum não será afetado, estes apenas comprarão a queda como geralmente fazem.”

GBTC, oportunidade ou furada?

Com o GBTC sendo negociado por um grande desconto, chegando a ser negociado 50% mais barato que o preço do Bitcoin, o trader mostrou-se cético quando questionado se isso é uma oportunidade.

“Depende do seu ponto de vista do que acontecerá com o fundo, se será convertido em um ETF,” respondeu o trader. “Não acredito nisso […] neste ponto de contágio da Genesis, não acho que [o GBTC] seria o escolhido pela SEC.”

“50% de desconto… e se virar 60% ou 70%? Era 20% e as pessoas pensaram ser uma boa oportunidade.”

Finalizando, o entrevistador concorda com os riscos da Grayscale precisar desfazer o fundo mais famoso de Bitcoin.

Quebra da Grayscale teria grandes impactos no Bitcoin

Apesar de não acreditar que a falência do DCG seja grave, Melker Scott mostrou-se mais preocupado quando o assunto é a Grayscale. Mesmo notando que isso seria um evento raro, aponta que sua dissolvência seria catastrófica.

“O verdadeiro problema para o mercado de criptomoedas, especialmente para o mercado de Bitcoin, seria se de alguma forma isso causasse um contágio na Grayscale e no GBTC”, alerta Scott Melker. “[…] No caso raro de algo como o GBTC ter que ser liquidado, veríamos um evento massivo de venda de bitcoin e isso obviamente seria negativo para o preço.”

No total, o fundo da Grayscale possui mais de 3% de todos os bitcoins existentes. Como comparação, a empresa de Michael Saylor, MicroStrategy, possui 132.500 BTC, já a Grayscale 643.572 BTC, uma diferença de quase cinco vezes.

Portanto, ainda que o evento seja considerado um cisne negro, especialmente porque outros fundos têm interesse em adquirir a Grayscale, cabe acompanhar este drama envolvendo o DCG e suas subsidiárias.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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