Prefeitura nega relação com criptomoeda de Balneário Camboriú

Sites divulgaram falsamente que prefeitura local seria a primeira do Brasil a lançar moeda. Livecoins confirmou que não existe tal projeto.

Surgiu nos últimos dias a informação de que uma criptomoeda seria criada por Balneário Camboriú, e o Livecoins procurou a Prefeitura Municipal local para confirmar essa intenção.

Nos últimos anos, de fato, muitas cidades pelo mundo procuraram lançar suas próprias versões de criptomoedas, principalmente nos Estados Unidos.

Uma das cidades que lançou a novidade é Miami, que lançou a “MiamiCoin” na rede Stacks. Usando como base a mesma tecnologia Nova York também lançou sua própria versão.

Já no Brasil, estudos em Niterói buscam tornar realidade uma moeda local, que seria de cunho social, assim como a de Itajaí, em Santa Catarina.

Pretendendo lançar uma criptomoeda pública com base nas experiências dos EUA está apenas o Rio de Janeiro, que divulgou nos últimos meses a intenção de criar a “RioCrypto“.

Prefeitura de Balneário Camboriú nega relação com criptomoeda

Surgiram informações de que Balneário Camboriú, em Santa Catarina, seria possivelmente a primeira cidade da América Latina a ter sua própria versão de criptomoeda, o que chamou atenção de investidores que acompanham o setor.

Procurada pelo Livecoins, a prefeitura local, por meio da Secretaria de Comunicação, negou qualquer vínculo com essa iniciativa, despertando atenção para uma situação no mínimo nebulosa.

“A prefeitura de Balneário Camboriú não tem relação com esse assunto. A competência é federal.”

Segundo entendimento municipal, o assunto deve ser conduzido apenas pelo Banco Central do Brasil, ou Receita Federal segundo eles, que são os órgãos que lidam com dinheiro no país.

Dessa forma, a primeira criptomoeda de Balneário Camboriú não tem o respaldo da administração pública municipal, mesmo indicando que será utilizada em larga escala pelo município.

O que seria a moeda digital

Em sites que divulgam a suspeita moeda de Balneário Camboriú, é possível ver que essa seria criada com base em uma tecnologia de BC Token. Em consulta ao site da solução, não foi possível obter nenhuma informação, visto estar indisponível para consulta.

Além disso, a empresa que afirma estar por trás da solução não é conhecida, embora se apresente nas reportagens como especialista em “blockchain e criptomoedas”.

Ao que parece, a suposta solução pioneira quer criar um token para dizer que é a primeira criptomoeda de uma cidade na América Latina. O que chama atenção, contudo, é que a cidade nem sabe dessa criação e nem se julga competente para subsidiar essa solução.

No mercado de criptomoedas, é muito comum ver novos tokens e criptomoedas serem oferecidos para investidores, sendo grande parte golpes que devem ser evitados. O Livecoins não conseguiu contato da empresa responsável para comentar sobre o assunto e o espaço segue em aberto pelo e-mail “contato@livecoins.com.br“.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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