A primeira criptomoeda estatal do mercado, criada pelo Governo de Nicolas Maduro, na Venezuela, está próxima de chegar ao fim, de acordo com informações da Bloomberg Linea.
A criptomoeda Petro foi lançada em 2018 pelo governo venezuelano como uma forma de contornar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e atrair investimentos estrangeiros.
Com uma ideia de que a criptomoeda fosse lastreada nas reservas petrolíferas do país, a criação gerou muita controvérsia e questionamentos sobre sua autenticidade.
Apesar das críticas, a Petro foi adotada pelo governo venezuelano como instrumento de política econômica.
Ela chegou a ter uso para pagar salários de funcionários públicos, comprar medicamentos e alimentos, e até mesmo para a realização de transações internacionais. Além disso, o governo criou uma bolsa de valores virtual para negociar a Petro, o que gerou uma certa especulação no mercado.
Como apurado pelo Livecoins, desde o final de maio de 2023, a rede da Petro, assim como a carteira que dá acesso aos fundos, deixou de funcionar.
Criptomoeda estatal da Venezuela, a primeira do mundo, caminha para o fim
Vale lembrar que a Petro nunca se tornou uma moeda popular entre os venezuelanos. Muitos consideram-na uma fraude e preferem utilizar outras criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum.
Além disso, a hiperinflação que assola o país tornou a Petro ainda mais instável e desvalorizada. Na prática, a criptomoeda lastreada em petróleo sofreu com as instabilidades do preço da commoditie, além de enfrentar resistência internacional, visto que os EUA embargaram a tecnologia.
Caso a Petro acabe, as implicações para a economia da Venezuela serão significativas. O governo terá que buscar outras formas de financiamento para manter seus programas sociais e sua máquina estatal.
A medida pode levar a uma redução ainda maior no padrão de vida da população, que já sofre com a falta de alimentos, medicamentos e serviços básicos.
Além disso, o fim da Petro pode significar o fracasso do modelo de economia centralizada adotado pelo governo venezuelano.
Com a falta de confiança dos investidores estrangeiros e a queda nos preços do petróleo, a Venezuela teria que buscar novas formas de se inserir no mercado global, o que exigiria reformas profundas na política econômica do país.
Venezuela falha em plano econômico de 2018 com fim da Petro
De acordo com a reportagem que apurou um suposto fim da Petro já nos próximos meses, o recente caso de corrupção no Governo de Maduro piorou a situação da moeda.
Contudo, a criptomoeda lastreada em petróleo era um dos pilares do plano econômico venezuelano de 2018. Com seu iminente fim, tudo indica que o governo falhou em melhorar a situação do país.
Não está claro ainda o que acontecerá no futuro, mas tudo indica que nem o governo acredita na própria criptomoeda centralizada, visto que perdeu o controle da tecnologia.