Hoje (23) serão lançadas as primeiras cotas do QBTC11, o ETF 100% Bitcoin desenvolvido pela gestora QR Asset Management. É o segundo ETF de Bitcoin do mundo, depois do QBTCC negociado no Canadá.
Um ETF é um fundo de investimento negociado na bolsa de valores como se fossem ações. Os ETFs replicam índices, como o Ibovespa (BOVA11), se o BOVA11 subir 20%, o ETF irá ter um desempenho parecido, já descontando a taxa de administração do fundo.
A vantagem do ETF é que ele possui taxas geralmente menores do que as de ações e servem para mitigar riscos, além de serem mais transparentes, pois é possível ver a composição do fundo e verificar a carteira diariamente.
QBTC11 x HASH11
O QBTC11 replicará o índice da CME CF Bitcoin Reference Rate, a maior bolsa de derivativos do mundo.
Além disso, a taxa de administração é de 0,75% ao ano, menor que a do HASH11, ETF desenvolvido pela gestora hashdex, cuja taxa de administração é de 1,3% ao ano.
O HASH11, desde que foi lançado, em 26 de abril, vem acumulando uma queda de mais de 47%.
Ao contrario do QBTC11, o HASH11 conta com mais 7 criptomoedas além do Bitcoin, são elas: Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash, Chainlink e mais duas que foram adicionadas após um rebalanceamento desde 01 de Junho: Filecoin e Uniswap.
O ETF replica os valores de todas essas moedas de acordo com a porcentagem de cada uma dentro do fundo.
A grande diferença entre os dois fundos é que enquanto o QBTC11 replica somente o valor do Bitcoin, uma moeda forte e com fundamentos sólidos, o HASH11 replica valores de diversas criptos, algumas sem fundamentos sólidos, tal qual o Bitcoin Cash.
E isso pode ser um dos pontos negativos do HASH11, pois ele permite exposição a criptos não tão favoráveis ao investidor.
No entanto, cada um dos ETFs podem atingir a um público diferente, seja para aqueles que gostam de diversificar, seja para os que preferem algo mais consistente: o Bitcoin.
A grande vantagem dos ETFs é que eles permitem uma melhor administração do investimento por parte dos investidores sem a necessidade de precisar abrir conta em uma corretora de criptomoedas ou possuir a própria carteira de criptoativos.
Atualmente o HASH11 já e o segundo maior ETF da B3, com um patrimônio levantado de mais de R$ 1,5 bilhão de reais e cerca de 118 mil cotistas.
A estreia do QBTC11 como o primeiro ETF 100% Bitcoin da América Latina e o segundo do do mundo já vinha dando o que falar e tem chances de superar o desempenho do HASH11.