Paul Krugman ao lado de Joe Biden. Fonte: Casa Branca.
Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia de 2008, acredita que a queda do Bitcoin está ligada a revezes políticos de Donald Trump, presidente dos EUA.
Grande crítico das criptomoedas, o economista já havia comemorado a queda na última sexta-feira (21), mas voltou a falar sobre o assunto nesta semana.
“A essa altura o Bitcoin é amplamente um trade pró-Trump. O preço do Bitcoin disparou depois que Donald Trump venceu no ano passado, e sua queda recente coincide com uma série de reveses políticos de Trump”, escreveu Krugman.
O texto acusa a família do presidente americano de ter recebido “grandes subornos” da indústria de criptomoedas para sancionar projetos de lei que favoreçam o setor.
“Pergunte a Changpeng Zhao, fundador da corretora de criptomoedas Binance”, disse o economista, notando que CZ recebeu o perdão presidencial de Trump após ser preso durante o governo Biden.
Também citando que o governo tem “feito de tudo” para acabar com instituições ligadas à proteção de investidores, Paul Krugman afirma que foi justamente isso que causou a crise financeira de 2008.
Em relação a recente queda do Bitcoin, o Nobel de Economia relacionada a revezes políticos de Trump.
Como exemplo, Krugman cita as eleições de Virginia e Nova Jersey, onde os democratas derrotaram os republicanos.
“Como devemos entender a queda recente do Bitcoin? Pense nisso como o desmanche do trade pró-Trump”, explicou Krugman. “Por que Trump de repente parece mais fraco? Pesquisas têm lhe dado notas muito baixas desde a primavera, mas sua aprovação líquida caiu significativamente no último mês.”
“Essas derrotas eleitorais [em Virginia e Nova Jersey] abalaram a disposição dos republicanos no Congresso de continuar demonstrando obediência total a Trump.”
Paul Krugman conheceu o Bitcoin em 2011, quando a criptomoeda valia US$ 7,40. Desde então o BTC valorizou 1.235.602%, transformando cada 1 dólar investido em US$ 12.350.
No entanto, o Nobel de Economista está preocupado com a recente queda de 25%.
“Eles se dão bem quando o preço do Bitcoin está subindo, mas muitos provavelmente não entendem o quanto podem sofrer quando ele cai.”
Segundo o economista, o Bitcoin “não é dinheiro” e também “não é uma proteção contra a inflação”, servindo somente para “encobrir rastros financeiros” já que “facilita transações anônimas que não deixam registros”.
“É possível que o Bitcoin se recupere, porque ele é mais que um ativo, é um culto.”
“Esse status de culto permitiu que o Bitcoin se recuperasse de contratempos e escândalos que afundariam qualquer investimento normal, porque os verdadeiros crentes respondem a qualquer queda no preço acumulando ainda mais”, finalizou Krugman, ainda sem entender o Bitcoin após 14 anos.
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