País proíbe Worldcoin, criptomoeda do CEO do ChatGPT

Desde a sua estreia, a Worldcoin expandiu para 119 Orbs de coleta de dados de Iris em 18 países. No Brasil, a empresa faz coleta em 4 endereços em São Paulo, não tendo recebido ainda nenhum questionamento de reguladores locais.

O Ministério do Interior do Quênia tomou uma medida drástica ao suspender as operações da Worldcoin, criptomoeda focada em identidade digital criada por Sam Altman, CEO do ChatGPT.

A decisão veio após crescentes preocupações sobre a legitimidade e a proteção de dados do projeto, que está envolvido no registro de cidadãos por meio da coleta de dados do globo ocular/íris.

O comunicado emitido pelo ministro Kithure Kindiki afirmou que o governo está preocupado com as atividades da organização autodenominada “WORLD COIN” e que era imperativo investigar a questão.

Kenia bane Worldcoin
Kenia bane Worldcoin

Worldcoin na mira de reguladores

O projeto da Worldcoin tem como objetivo criar um mecanismo de identificação global, utilizando varreduras de íris para comprovar a unicidade e a autenticidade de uma pessoa, especialmente em um mundo onde agentes artificialmente inteligentes estão desempenhando papéis significativos na economia.

No entanto, a coleta de dados biométricos e o processo de inscrição em países em desenvolvimento têm gerado críticas, incluindo acusações de exploração. Tais preocupações levaram vários reguladores europeus a iniciar investigações contra a Worldcoin, incluindo o escritório de proteção de dados da Baviera.

“A legalidade dessa coleta de dados parece questionável”, disse o país em comunicado à população.

Embora as investigações estejam em andamento em diferentes jurisdições, o Quênia tornou-se o primeiro país a adotar uma abordagem mais enérgica, banindo completamente as operações da empresa até que as agências locais concluam suas investigações.

No início da semana, notícias locais relataram um aumento na procura pela Worldcoin, com mais de 350.000 quenianos se registrando na plataforma. Em troca das iris, os usuários são recompensados ​​com tokens de criptomoeda gratuitos, no valor de aproximadamente 7.000 xelins do Quênia (R$ 234,00).

Worldcoin em alta

A Worldcoin recentemente lançou seu projeto e já distribuiu tokens WLD para usuários que passaram por varreduras de íris. O token teve uma valorização de 60% após ser lançado, chegando a US$ 2,60 nas corretoras de criptomoedas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

A suspensão das operações da Worldcoin pelo Quênia envia uma mensagem para a empresa, que deve continuar enfrentando escrutínio dos reguladores no resto do mundo.

Enquanto isso, a Worldcoin Foundation afirma ter um “programa robusto de privacidade”. A fundação também disse que está trabalhando com todos os reguladores, incluindo as autoridades dos países onde está enfrentando pressão.

Desde a sua estreia, a Worldcoin expandiu para 119 Orbs de coleta de dados de Iris em 18 países. No Brasil, a empresa faz coleta em 4 endereços em São Paulo, não tendo recebido ainda nenhum questionamento de reguladores locais.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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