O presidente do Banco Central do Brasil participou de um evento promovido pelo Banco Itaú e afirmou que o Real brasileiro precisa ser digital. No país, já há um projeto em andamento para criar a moeda digital brasileira.
No início de novembro, o ministro Paulo Guedes comentou sobre o chamado Real digital. O atual ministro da economia afirmou até que “O Brasil terá a moeda digital”, em uma cerimônia do governo.
O tema tem escalado e deve ser parte do projeto PIX, que altera o modo como o dinheiro é usado no país. Em plena pandemia, por exemplo, os brasileiros preferiram o dinheiro em espécie em muitas ocasiões.
No que depender do governo, o dinheiro deverá eventualmente migrar para o digital, em até dois anos.
Em evento do Itaú, Roberto Campos Neto afirmou que Real brasileiro precisa ser digital
Os desafios são grandes para a equipe econômica brasileira, principalmente nos próximos dois anos. Com a agenda recheada de expectativas, o tempo corre para a implementação de mudanças profundas na sociedade brasileira.
Uma delas é a relação dos brasileiros com o dinheiro, ainda física. Mesmo com a pandemia da COVID-19 alertando contra o dinheiro em espécie, muitos ainda preferiram esse meio de pagamentos.
Cabe o destaque que alguns locais do Brasil ainda carecem de infraestrutura básica para uma digitalização. Ou seja, mesmo que o BC modernize os pagamentos, alguns ainda poderão ficar de fora. Mesmo assim, a agenda avança na medida em que inovações chegam.
Na última segunda-feira (16), por exemplo, o PIX começou a ser uma realidade no país. Com a ferramenta, o BC espera que os brasileiros entrem de vez nos pagamentos digitais.
No entanto, as inovações não irão parar por aí, de acordo com Roberto Campos Neto. Ao participar do evento “Treasury – Inovar: a transformação do amanhã“, o presidente do Bacen voltou a falar sobre o Real digital. O evento foi promovido pelo Itaú BBA.
Para ele, o processo já foi iniciado e o real precisa caminhar para o digital. Dessa forma, os brasileiros poderão ter uma moeda “ágil, rápida e internacional”, falou Campos Neto. As informações são do Estadão.
Contudo, Campos Neto teria deixado claro que no momento, essa inovação tem mais perguntas que respostas. Ou seja, o prazo para lançar a moeda continua para 2022, como havia apurado o Livecoins.
Bancos Centrais estão se aproximando da ideia das moedas digitais, mas diferente do Bitcoin
As criptomoedas, principalmente o Bitcoin, foram lançadas nos últimos anos. Com a inovação então, os Bancos Centrais passaram a ter o primeiro concorrente na emissão de uma moeda.
Diferente dos BCs, no entanto, as criptomoedas não são emitidas por órgãos centralizados. Além disso, é uma moeda totalmente digital, funcionando assim de qualquer local do mundo.
Vários bancos centrais, além do brasileiro, já miram o lançamento de suas próprias moedas digitais. Diferente do Bitcoin, entretanto, essas moedas continuariam a ser vinculadas a países e governos.
Nos próximos anos, a população global deverá escolher qual moeda faz mais sentido para o cotidiano. Independente da escolha, a disputa deverá ser travada na tecnologia digital.