O Twitter é uma rede social que passa por uma série de polêmicas nos últimos tempos, até no Brasil. Mas uma rede social baseada em Ethereum (ETH) é quem se aproveita do balanço negativo do gigante Twitter.
Isso porque, alguns políticos têm sentido que o clima na rede social Twitter não é lá dos melhores. No Brasil, por exemplo, algumas mensagens enviadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram excluídas pela rede social.
Já nos Estados Unidos, os tweets de Donald Trump passaram a receber notificações de fact checking (verificação de fatos). Alguns apontam que é uma maneira da rede social sugerir que Trump dissemina notícias falsas pelo Twitter.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, foi um dos que se deu ao luxo de criticar publicamente seu principal concorrente pela prática. Alguns usuários já começam a partir para outras redes sociais, sendo a Minds uma opção.
Rede social baseada em Ethereum, Minds bomba após polêmicas com Twitter
Donald Trump que o diga quando o assunto é polêmica e Twitter na mesma frase. Desde o último dia 27, quando o Twitter resolveu colocar a checagem de fatos em um tweet do presidente dos EUA, os problemas vieram a tona.
Nesta quinta (28), Trump já foi além e afirmou que o “dinheiro dos norte-americanos não irá mais para redes sociais que lutam contra a liberdade de expressão“. O fato é certamente uma retaliação ao Twitter, que recebeu críticas públicas dos apoiadores de Trump.
A administração Trump está se certificando de que os dólares de contribuintes não sejam destinados a gigantes das mídias sociais que reprimem injustamente a liberdade de expressão.
Contudo, antes das polêmicas com Trump, o Twitter já havia percebido um movimento de escape surgindo na Tailândia. No país, a escritora Sarinee Achavanantakun, com 270 mil seguidores, anunciou no último dia 20 a saída desta plataforma. Seu destino? A Minds, uma rede social descentralizada, com tokens emitidos na rede Ethereum.
Fundada por Bill Ottman, a Minds é uma rede social que afirma não se importar com a opinião de seus usuários. Ou seja, por lá, o que impera é a liberdade de expressão, doa a quem doer.
Com rede Minds, os tailandeses partem para novos horizontes da internet e encontram com as criptomoedas
De acordo com uma reportagem da QZ, os usuários tailandeses do Twitter começaram a se preocupar com questões de privacidade. Dessa forma, buscaram encontrar um novo local para se relacionar, sem que tais preocupações fossem encontradas.
A escritora Sarinee foi uma a encontrar a Minds, e afirmou que estava de saída do Twitter. Uma rede social open-source e descentralizada, a Minds ainda permite que os usuários se interajam com criptomoedas e até obtenham recompensas.
No último dia 20 de maio, o perfil da Minds no Twitter, por mais contraditório que seja, afirmou que 100 mil tailandeses se cadastraram na rede social. A Minds registra que pelo menos 200 mil usuários seja do país asiático hoje, com uma base de pelo menos 2,5 milhões de pessoas cadastradas.
Estamos enfrentando uma onda maciça de cidadãos tailandeses que buscam liberdade na Internet. #mindsth
Os tailandeses foram bem recebidos na Minds, e já ganharam até uma tradução própria da rede social. Com o Twitter sendo um espaço menos confortável para essa população, é esperado que migrem e a Minds surgiu em um momento de desespero.
Apesar de alguns considerarem o Twitter um ambiente hostil, visto que na Tailândia existe uma forte censura do governo, alguns ainda acreditam na rede social. O advogado Montana Duangprapa, membro do Thai Lawyers for Human Rights, afirmou que o Twitter ainda é o destaque.
Na última quarta, o CEO do Twitter, Jack Dorsey, grande defensor do Bitcoin e da tecnologia das criptomoedas, tentou acalmar seus usuários sobre a polêmica com Trump.