O fundador da corretora Mercado Bitcoin participou do Fórum Economia Digital na última terça-feira (1), promovido pelo Valor Econômico, onde falou que acredita na regulação do Bitcoin para proteção de agentes do mercado.
O tema, que havia ficado alguns meses sem grande destaque no Brasil, voltou a ganhar atenção e caminha para um desfecho. Isso porque, além da CPI do Bitcoin, atualmente na Câmara dos Deputados, cresce a pressão por regulamentações por empresas que atuam no mercado.
Na última semana, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, disse que regulamentar o Bitcoin é irrelevante. Dessa forma, o que o BCB deve fazer é criar regras para empresas e pessoas envolvidas com as criptomoedas.
Na live do Valor, participou um diretor do Bacen, que ainda confirmou que as regras deverão ser prudenciais para o mercado de Bitcoin no Brasil.
Regulação protege agentes envolvidos no setor, afirmou CEO e Fundador do Mercado Bitcoin
Como o mercado de criptomoedas é novo e recheado de inovações, poucos países criaram regras claras para empresas que atuam nesse segmento. Isso porque, há uma dificuldade em entender a própria tecnologia, considerada até um crime em alguns países como a Bolívia, por exemplo.
No Brasil, é permitido a livre negociação da moeda em corretoras e entre pessoas, devendo apenas o negociante declarar essas operações à Receita Federal.
Sendo essa a única regra até aqui, não fica claro para empresas que empreendem no setor o que poderiam fazer com a ampla gama de inovações do mercado de criptomoedas.
Para Gustavo Chamati, CEO e Fundador do Mercado Bitcoin, uma das maiores empresas do Brasil, a regulação é benéfica para proteger agentes desse mercado.
“O Brasil não está no mesmo patamar de regulação do que os Estados Unidos, mas a gente vem evoluindo bem e rápido. Acho que o entendimento importante aqui sobre regulação é a gente entender e partir do princípio que regulação é uma coisa ruim e, na verdade, a regulação existe para proteger e para dar segurança aos agentes do mercado”, disse Gustavo.
Para o CEO do Mercado Bitcoin, tanto a CVM quanto o Banco Central têm aberto possibilidades para mais diálogo com empresas, em iniciativas como o sandbox.
Chamati afirmou ainda que acredita em um cenário promissor para o Bitcoin no Brasil nos próximos anos, visto que a experiência atual tem sido positiva para empresas que participam desse mercado.
Em conversa com o Livecoins recentemente, Fabrício Tota, diretor do Mercado Bitcoin, comentou que a falta de regulamentação do Bitcoin atrapalha o desenvolvimento da tecnologia no Brasil, mas que a corretora mantém diálogos frequentes com as autoridades durante o processo de criação.