Em uma publicação feita pela prefeitura do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (14), foi anunciada a criação de uma criptomoeda própria. O Rio de Janeiro começou a flertar com o Bitcoin há alguns meses, quando a possibilidade de criar uma zona de criptomoedas na cidade começou a ser ventilada pelo governo.
Mas na última quinta-feira (13), o prefeito do Rio de Janeiro confirmou que vai comprar Bitcoin para a reserva da cidade, deixando claro isso em conversa com o prefeito de Miami, Francis Suarez.
No Brasil esse é o primeiro movimento de compra de Bitcoin anunciado por uma cidade, assim como o pagamento de impostos. Mas muito mais deve acontecer na cidade maravilhosa.
Rio de Janeiro prepara construção de criptomoeda própria, CityCoin chamada “Rio Crypto”
Nesta sexta, como prometido pelo prefeito do Rio, um decreto foi publicado para a criação do Grupo de Trabalho que vai criar a estratégia de criptomoedas da cidade.
Atento às inovações, um papo em conexão com Miami agora coloca o Rio de Janeiro na mira da comunidade de criptomoedas, a primeira metrópole da América Latina a se mover neste caminho.
Mas outra novidade que o Rio de Janeiro prepara para sua população é a criação de uma criptomoeda própria, que será chamada “Rio Crypto”. A expectativa, conforme a publicação oficial da cidade, é que o grupo de trabalho entregue os resultados em 90 dias.
“Chamadas de Crypto Rio, as moedas digitais cariocas também poderão ajudar na ampliação de recursos para projetos estratégicos da cidade. Os especialistas irão avaliar, ainda, a possibilidade de o município fazer investimentos do Tesouro em criptomoedas. O resultado dos estudos será divulgado pelo Grupo de Trabalho em 90 dias, a contar da publicação do decreto.”
Como é o decreto publicado pela prefeitura do Rio?
O Livecoins consultou o Decreto Rio n.º 50145 de 13 de janeiro de 2022 para entender melhor o que esse “Ato do Prefeito” disse sobre o assunto.
No conteúdo, Eduardo Paes considerou que houveram avanços tecnológicos e econômicos nacionais e internacionais decorrentes das tecnologias blockchain. Esses avanços aconteceram como meios de pagamentos e criação de ativos e moedas digitais, que podem ajudar a impulsionar a economia e finança de cidades como o Rio de Janeiro, que busca ampliar sua inovação e mercado financeiro.
Eduardo Paes ainda considerou que essas tecnologias podem melhorar a forma como a cidade lida com recursos financeiros e gastos públicos estratégicos. A criptomoeda “Rio Crypto”, por exemplo, deverá desenvolver um ecossistema de inovação financeira mais maduro na cidade.
Um grupo de trabalho foi criado a partir dessa publicação oficial para avaliar as condições de implementação dessa estrutura de inovação com Bitcoin. As pastas que farão a composição desse grupo tem até sete dias para apresentar os seus dois representantes.
Apesar de ter um prazo definido de até 90 dias para apresentar alguma proposta, o grupo poderá publicar mais informações para complementar o decreto. De qualquer forma, o momento de adoção do Bitcoin chegou no Rio de Janeiro.
“Dispõe sobre a criação de Grupo de Trabalho destinado a empreender estudos, realizar análises e propor ações e projetos relacionados ao desenvolvimento de um mercado de moedas digitais, meios de pagamento, tecnologias blockchain, visando ao impulsionamento da economia local neste segmento, otimização de instrumentos financeiros e fiscais da Prefeitura e obtenção de receitas para o Município do Rio de Janeiro.”