Só queria vender ‘nudes’, diz mulher banida de corretoras de criptomoedas

As criptomoedas surgiram rapidamente como uma solução para a atriz, que desde 2014 aceita Bitcoin. A teoria é ótima, além de evitar a censura de intermediários, as criptomoedas também evitam estornos, algo comum nessa indústria.

Embora as criptomoedas permitam que qualquer pessoa baixe uma carteira e comece a receber e enviar transações, sua popularidade como meio de pagamento ainda é baixa. Portanto, o uso de corretoras é necessário, mas isso está sendo um problema para algumas pessoas.

Em conversa com a Wired, publicada nesta terça-feira (8), duas atrizes da indústria adulta revelam estar cansadas de procurar soluções.

“Eu só quero vender fotos de peitos”, comentou Allie Eve Knox. “Nunca quis ser especialista em discriminação financeira.”

Segundo o relato, Knox trabalha com esse tipo de conteúdo desde 2014 e já foi banida por mais de 30 serviços financeiros nestes últimos 9 anos. Além de bancos tradicionais, serviços de pagamentos como PayPal, Venmo e CashApp tomaram a mesma decisão.

As criptomoedas surgiram rapidamente como uma solução para a atriz, que desde 2014 aceita Bitcoin. A teoria é ótima, além de evitar a censura de intermediários, as criptomoedas também evitam estornos, algo comum nessa indústria.

No entanto, isso soluciona apenas uma parte do problema. Sem grande aceitação em outras áreas, as criptomoedas precisam ser convertidas em moeda fiduciária através de corretoras.

Embora isso não fosse um problema nos primeiros anos, Knox afirma que tais plataformas começaram a jogar o mesmo jogo da indústria financeira tradicional.

“Você usa uma corretora pelo tempo que conseguir, até eles fecharem sua conta”, disse Knox. “Você rapidamente [fica sem corretoras], então você fica com muito dinheiro inútil. Toda essa coisa de ‘criptomoedas são resistentes à censura’ é um monte de besteira.”

“Não quero ter que saber como levar dinheiro para lugares diferentes. Não quero lidar com nenhuma dessas besteiras.”

Segundo a atriz, ela já foi banida de gigantes como Gemini, Kraken e Robinhood, suspeitando que esteja em uma lista negra.

Atris ganhava US$ 500.000 por mês, mas foi banida de bancos

Já Allie Rae, outra atriz de filmes adultos, conta que sua carreira decolou rapidamente e em pouco tempo já estava ganhando mais de US$ 500.000 por mês pelo seu trabalho. No entanto, assim como Knox, também suas contas encerradas por bancos.

“Tem sido uma luta”, diz Rae. “Fui muito ingênua — não entendi a magnitude da discriminação.”

Em comentário, a Wired aponta que as atrizes estão percebendo que as criptomoedas já não estão tão separadas do sistema bancário tradicional. Ou seja, tudo acaba na mesma porta.

Além de serviços de compra e venda de criptomoedas, até mesmo plataformas de conteúdo adulto estão sendo pressionadas a abandonarem a temática, como no caso do OnlyFans.

Buscando uma alternativa para vender seu conteúdo, Rae fundou o WetSpace, um concorrente do OnlyFans que aceita pagamentos em cartões de crédito, criptomoedas e stablecoins. No entanto, isso não solucionou nenhum problema da atriz, pelo contrário.

“Foi um golpe duplo”, comentou Rae. “Falamos com todos os malditos bancos que existem.”

Embora tenha conseguido uma conta bancária, sua empresa já recebeu um aviso de que ela poderá ser suspensa em breve, ou seja, tudo indica que a conta é temporária.

Por fim, o caso destaca que as criptomoedas ainda não têm grande aceitação em outras indústrias e, por conta disso, não conseguem entregar o que prometem: um sistema financeiro sem censura.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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