Com a crise do Digital Currency Group (DCG) chegando a níveis alarmantes, com suspensão de dividendos e ameça de quebra, uma de suas subsidiárias está procurando compradores.
Estamos falando do CoinDesk, um dos príncipais portais sobre criptomoedas do mundo. Segundo o The Wall Street Journal, o CoinDesk contratou banqueiros para explorar suas opções, incluindo sua venda parcial ou total.
Apesar do portal focar seu conteúdo na língua inglesa, o CoinDesk também fechou uma parceria com o InfoMoney, outro gigante, há cerca de um ano. Sendo assim, parte de seu conteúdo jornalistico também passou a ser consumido por mais brasileiros.
Genesis se prepara para entrar com pedido de falência
Ao que tudo indica, a crise do DCG começou com a Genesis. No total, estima-se que a corretora deva mais de US$ 3 bilhões aos seus credores.
Dentre eles estão Cameron e Tyler Winklevoss, fundadores da corretora Gemini. Na última semana, os “gêmeos do Facebook” chegaram a chamar o DCG de fraude enquanto lutam para reaver US$ 900 milhões.
Segundo matéria publicada pelo Financial Times nesta quarta-feira (18), a Genesis estaria pronta para declarar falência “ainda esta semana”.
O que mais chama atenção nessa história é a sua ironia. Afinal, a Genesis começou a apresentar problemas de liquidez após a FTX quebrar. Muitos apontam que a queda de Sam Bankman-Fried foi causada por um artigo do CoinDesk apontando problemas com a Alameda Research e o token FTT.
Ou seja, sem querer, o CoinDesk deu início a um efeito dominó que, quase três meses depois, atinge a si mesmo.
CoinDesk busca compradores
O império do DCG é gigante, contendo investimentos em diversas áreas como infraestrutura, análise de dados on-chain e corretoras.
No entanto, seus principais produtos parecem ser a Genesis, à beira da falência, a Grayscale, cujo GBTC está sendo negociado por um grande desconto, e o CoinDesk.
Sendo assim, a possível venda do portal de notícias do DCG pode ser uma tentativa de salvar este do buraco negro de sua empresa-mãe. Outro ponto que chama atenção é que tal venda está sendo discutida há tempos.
“Nos últimos meses, recebemos inúmeras indicações de interesse no CoinDesk”, disse Kevin Worth, CEO do portal ao WSJ.
Por fim, hoje a palavra que define a situação da indústria de criptomoedas é “contágio”. Afinal, muitas empresas parecem interligadas, desabando uma após a outra e causando graves consequências para as criptomoedas em si.