Empresa culpou instabilidade na precificação de energia ao justificar saída (Foto/Reprodução)
A Tether, maior empresa do mercado de criptomoedas e emissora da stablecoin USDT, anunciou formalmente o encerramento de suas operações no Uruguai ligadas a mineração de bitcoin.
Assim, até o final de 2025, a empresa planeja diminuir gradualmente seu consumo elétrico até zerar a conta. Atualmente, o ex-senador uruguaio Juan Sartori é um dos coordenadores de novos negócios da empresa de criptomoedas.
De acordo com informações publicadas no Portal Montevideo, um comunicado formal de encerramento das atividades já foi enviado para as autoridades locais. No comunicado, eles protestam contra o aumento de energia no país e uma possível instabilidade nas cobranças.
Ainda não confirmado formalmente nas redes sociais da empresa, a medida causa espanto, visto que segue com planos ambiciosos de expansão na Argentina e Brasil.
Em uma carta encaminhada para a estatal de energia, a Tether teria reclamado de uma imprevisibilidade na cobrança pelo consumo de energia e tarifas que prejudicam a sua operação no país.
Além disso, diz que o Uruguai tem o potencial de se transformar em uma potência regional neste segmento de mineração de bitcoin, mas o acesso a energia tem barrado os avanços. Desde 2023, a empresa negociava em busca de tarifas competitivas, uma vez que consumia o equivalente a US$ 2 milhões mensais de energia, mas nunca conseguiu.
No dia 18, o portal Montevideo divulgou que a Tether deve cinco milhões de dólares para a estatal uruguaia de energia, a UTE. Com isso, teria um acesso menor de energia do que precisa para manter suas operações. Não está claro, entretanto, se há alguma relação deste problema com o fim das operações no país.
O Livecoins não encontrou a equipe da Tether para comentários sobre o rumor, mas o espaço segue em aberto para manifestações.
No Brasil, por meio da Adecoagro, a Tether planeja atuar na mineração de bitcoin com mais estabilidade, visto que a empresa produz energia.
Além disso, a Adecoagro (NYSE:AGRO) anunciou no início de setembro de 2025 a compra de 50% da maior produtora de Ureia da região, a Profertil SA. A empresa divide a Profertil com a YPF SA, a estatal argentina que produz petróleo e gás, assim como a Petrobras no Brasil.
Com suas expansões em vários mercados, fica claro que a região latina segue importante e no radar da Tether, que planeja distribuir seus investimentos em setores chave.
Vale lembrar que a Tether detém 70% da Adecoagro desde abril de 2025. Ou seja, as decisões estratégicas da companhia passam pela aprovação da empresa cripto.
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