Ouro

Tether quer aumentar sua exposição ao ouro enquanto metal atinge novas máximas

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A Tether, emissora da stablecoin USDT, está querendo aumentar sua exposição ao ouro. Fontes do Financial Times apontam que a empresa está conversando com diversas companhias de royalties de ouro usadas para investir em minas.

Como exemplos concretos, são citados os US$ 105 milhões investidos em junho pela Tether na Elemental Altus e outros US$ 100 milhões na mesma empresa nesta quinta-feira (4).

Somado a isso, eles também teriam conversado com a Terranova Resources, também focada na mineração do metal, mas sem chegar a um acordo.

XAUT pode ser o novo USDT?

Hoje a Tether domina o setor de stablecoins com o USDT, mas a empresa possui outras moedas semelhantes. Uma delas é o Tether Gold (XAUT), um token atrelado ao ouro.

Dados do CoinMarketCap mostram que o XAUT está entre as 100 maiores criptomoedas com um valor de mercado de US$ 883 milhões. No entanto, a Tether não domina esse setor e o XAUT fica atrás do PAX Gold (PAXG) da Paxos.

Conhecendo o mercado, eles podem ter interesse em liderar essa disputa antes que esses produtos se tornem populares entre investidores.

Outra diferença entre USDT e XAUT está ligado as receitas desses dois tokens.

Isso porque a Tether consegue usar o dinheiro que dá lastro a sua stablecoin para investir em títulos, ações, Bitcoin e até mesmo em ouro. Por outro lado, não pode fazer isso com suas reservas de ouro, dependendo de spread na compra e venda, bem como outras estratégias sem grandes margens de lucro.

Portanto, o interesse na mineração de ouro pela Tether pode ser uma busca da empresa por aumentar sua receita sobre este produto.

Nascido na Itália, Paolo Ardoino, CEO da Tether, usou apenas um emoji de mão para comentar sobre a notícia de que eles investiram mais de US$ 200 milhões em royalties e mineração de ouro.

Reação de Paolo Ardoino sobre investimento multi-milionário da Tether na indústria de ouro. Fonte: X.

Respondendo a um comentário que aponta que o Bitcoin é melhor que ouro, Ardoino concordou com a afirmação, mas apontou que diversificação é importante em qualquer portfólio. “Um reset financeiro provavelmente ainda usaria ouro no curto prazo”, escreveu o executivo.

Ouro atinge nova máxima histórica e El Salvador também vai às compras

O ouro chegou a ser negociado a US$ 3.598 na manhã desta sexta-feira (5), atingindo um novo recorde de preço. O metal opera em alta de 36,5% em 2025, superando até mesmo o Bitcoin, que sobe 18,6% no mesmo período.

A própria Tether está se beneficiando com essa alta. Segundo auditoria publicada em julho, a empresa detinha US$ 8,7 bilhões em metais preciosos que dão lastro ao USDT, sem contar outros investimentos.

Quem também está aumentando sua exposição ao metal é El Salvador, conhecido por ser o primeiro país a adotar o Bitcoin. Nas redes sociais, o presidente salvadorenho Nayib Bukele informou a compra de US$ 50 milhões no metal.

“Aumentando nossas reservas de ouro.”

El Salvador compra US$ 50 milhões em ouro, aumentando suas reservas em 31%. País também acumula Bitcoin em seu portfólio. Fonte: X.

Conforme ouro e Bitcoin são ativos muito semelhantes, muitos acreditam que a criptomoeda pode acompanhar essa disparada do metal. No entanto, outros apontam que o Bitcoin pode sair perdendo com esse movimento.

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Henrique HK

Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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Henrique HK