A Tether anunciou nesta sexta-feira (29) que revisou o seu plano de encerrar o suporte da USDT em cinco blockchains a partir do dia 1 de setembro de 2025. As redes afetadas seriam as seguintes: Omni Layer, Bitcoin Cash SLP, Kusama, EOS e Algorand.
Contudo, a maior empresa do mercado cripto global alega que não encerrará o suporte de forma total. Ou seja, quem mantém seus tokens USDT nestas blockchains ainda conseguirá realizar transações.
A mudança, entretanto, se dá após a empresa ouvir o feedback da comunidade de criptomoedas que utiliza o serviço. Mesmo assim, o serviço será descontinuado de forma parcial, entrando em vigor apenas o fim da emissão e resgate de USDT nas blockchains.
“Embora os usuários ainda possam transferir os tokens entre carteiras, o Tether descontinuará a emissão e o resgate diretos nessas blockchains . Isso significa que os tokens não serão mais oficialmente suportados como outros tokens Tether“, disse a empresa.
Na próxima segunda-feira, cinco blockchains deixam de contar com emissão e resgate de USDT, após revisão da Tether
Ao explicar para a comunidade que revisou a suspensão de novas atividades nas cinco blockchains mencionadas, a Tether indicou que procura ambientes com maior desenvolvimento.
“Esta decisão está alinhada com a estratégia mais ampla da Tether, que continua centrada na expansão do suporte para ecossistemas com maior atividade de desenvolvedores, escalabilidade e demanda de usuários“, diz a empresa.
Além disso, a Tether indica que a revisão comprova uma transição tranquila e envolvimento com a comunidade. Maior criptomoeda em volume de negócios global diariamente, a saída da USDT das redes pode reduzir significativamente a utilização destas blockchains.
“A Tether continua comprometida com uma transição tranquila e continuará a se envolver com a comunidade para garantir transparência e clareza durante todo esse processo“, finalizou.
Em compensação, Tether expande USDT no ecossistema bitcoin
Na quinta-feira (28), a Tether anunciou outro plano de expandir a emissão do USDT na rede L2 do Bitcoin, a RGB. Assim, o diretor de tecnologia confirmou que o bitcoin ganha mais atenção e usabilidade com a chegada da stablecoin.
“O Bitcoin merece uma stablecoin que seja verdadeiramente nativa, leve, privada e escalável“, disse Paolo Ardoino, CEO da Tether. “Com o RGB, o USDT conquista um novo e poderoso caminho no Bitcoin, reforçando nossa crença no Bitcoin como a base de um futuro financeiro mais livre.”
Ou seja, apesar de perder suporte em cinco blockchains, a Tether sinaliza que continuará expandindo a USDT para outros ecossistemas mais promissores.
