
Tom Lee falando sobre Bitcoin e Ethereum com a CNBC. Fonte: YouTube/Reprodução.
Tom Lee, presidente da BitMine (NYSE: BMNR), acredita que tanto o Bitcoin quanto o Ethereum podem dobrar de preço até o final do ano, mesmo após o banho de sangue do mercado.
Em conversa com a CNBC, publicada nesta segunda-feira (3), o analista também se mostrou animado com o mercado tradicional, sugerindo que o S&P 500 pode chegar a 7.500 pontos.
Embora IAs estejam eliminando empregos, elas também estão gerando lucros para empresas devido ao ganho de produtividade, argumentou Lee, prevendo mais cortes na taxa de juros caso a inflação não dispare.
O mercado de criptomoedas passou pelo seu maior evento de liquidação da história no dia 11 de outubro. Comentando sobre o assunto, Tom Lee manteve seu otimismo sobre as duas maiores criptomoedas do setor.
Questionado se o Bitcoin pode cair abaixo dos US$ 100.000, o analista foi categórico em sua resposta.
“Aquela foi a maior liquidação na história das criptomoedas, maior do que a da FTX, foi quase como uma pequena ruptura, tipo um tsunami”, explicou Lee. “Estamos só a algumas semanas disso. Então, eu acho que o mercado está se consolidando.”
“Mas se eu olhar para os fundamentos, por exemplo: os volumes de stablecoins no Ethereum têm explodido, as receitas de aplicações estão no nível mais alto da história. Então, neste momento, os fundamentos estão liderando o preço no mercado de criptomoedas.”
Já nesta terça-feira (4), um dia após a entrevista, o Bitcoin chegou a ser negociado brevemente abaixo dos US$ 100.000 e opera em queda de 5,6% nas últimas 24 horas.
Ethereum cai 9,3% no mesmo período, perdendo 33,6% de seu valor em relação ao seu topo registrado em agosto.
Ainda assim, Lee se mantém otimista.
“Acredito que ainda podemos chegar a 150, 200 [mil dólares] para o Bitcoin e algo como 7.000 para o Ethereum [até o final do ano].”
Atualmente a Bitmine (NYSE: BMNR), empresa liderada por Tom Lee, possui cerca de 3,4 milhões de ETH. A quantia é equivalente a US$ 11,1 bilhões no preço atual, ou 2,8% da oferta total da criptomoeda.
Como comparação, é a segunda maior tesouraria de ativos digitais do mundo, ficando atrás somente da Strategy de Michael Saylor.
Por fim, a pressão sobre os mercados também deve desencadear uma resposta por essas empresas.
Como exemplo, a japonesa Metaplanet já anunciou um plano de recompra de ações conforme seu mNAV cai abaixo de 1. Já a Sequans revelou nesta terça-feira (4) a venda de 970 bitcoins para quitar parte de sua dívida e reduzir sua alavancagem.
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