O presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva nesta quinta-feira (23) que proíbe a criação, emissão e uso de moedas digitais de banco central (CBDCs), tal como o DREX, dentro da jurisdição norte-americana.
A ordem visa proteger a soberania financeira do país, bem como a privacidade e liberdade econômica de seus cidadãos, afastando a possibilidade de um sistema centralizado de controle monetário digital.
De acordo com a ordem executiva, que também determina a criação de uma reserva nacional de Bitcoin nos EUA, todas as agências governamentais estão impedidas de desenvolver ou implementar iniciativas relacionadas às CBDCs, e quaisquer projetos em andamento deverão ser imediatamente encerrados.
A decisão, destacada na seção 5 da ordem, também exige o encerramento imediato de quaisquer planos ou iniciativas relacionados às CBDCs em agências governamentais, reafirmando a posição da administração de proteger a privacidade, os direitos individuais e a soberania econômica dos EUA.
“Moedas Digitais de Banco Central […] ameaçam a estabilidade do sistema financeiro, a privacidade individual e a soberania dos Estados Unidos”, afirma o texto.
Com base nessa visão, a administração ordenou que nenhuma agência governe ou promova projetos de CBDCs, destacando os perigos associados à centralização e ao controle estatal direto sobre ativos digitais.
A proibição é clara: “Nenhuma ação poderá ser tomada para desenvolver ou implementar tais planos ou iniciativas”, reforça o documento.
Dólar digital proibido no governo Trump
A decisão do governo Trump significa uma oposição contundente a um movimento global que tem visto vários países, como a China e Brasil, avançarem no desenvolvimento de suas moedas digitais centralizadas.
Para Trump, no entanto, as CBDCs são vistas como uma ameaça direta ao sistema de livre mercado e à privacidade financeira de seus cidadãos.
Em vez disso, a ordem executiva defende o fortalecimento do dólar como moeda global e a promoção de stablecoins privadas respaldadas pela moeda norte-americana como uma alternativa viável.
Especialistas no setor apontam que essa postura também é estratégica para estimular a inovação em tecnologia blockchain e ativos digitais de forma descentralizada.
Ao rejeitar a centralização inerente às CBDCs, os Estados Unidos buscam solidificar sua liderança no setor financeiro digital global, sem comprometer os princípios de liberdade econômica e governança democrática.