Trump quer acionar serviço secreto contra crimes com Bitcoin

Trump não é muito fã das moedas digitais

Não é de hoje que alguns desdobramentos do mercado de criptomoedas incomoda o atual presidente dos EUA. Pensando nisto, Donald Trump irá destinar 4,8 bilhões de dólares do orçamento do país em 2021 para fazer uma manobra de realocação do serviço secreto.

Sua intensão é colocar o órgão no Departamento de Tesouro norte-americano com o objetivo de ir contra crimes praticados com o uso de criptomoedas, sobretudo o bitcoin.

A expectativa de Trump é fazer com que o serviço secreto fortaleça suas ações de fiscalização, focando-se em alguns delitos em que o Bitcoin é mais utilizado. Entre eles se destacam o abuso de direitos humanos e o financiamento de atos terroristas.

De acordo com o documento, há uma preocupação com a relação entre o desenvolvimento da tecnologia de ativos financeiros e a execução de atos criminosos diversos.

A justificativa dá presidência também afirma que o critpomercado tem fortes ligações com crimes de ordem eletrônica e financeira. Assim, o informe indica que há uma inclinação para as criptomoedas bancarem organizações criminosas, tornando seus esquemas mais complexos e perigosos em todo o mundo. É claro que, naturalmente, estes dados se somam ao fato de Trump não gostar dos ativos digitais.

Expectativas do presidente dos EUA

Donald Trump já se manifestou diversas vezes, inclusive em seu Twitter, sobre o quando não gosta das criptomoedas. De acordo com ele estes ativos não são dinheiro de verdade, e a falta de uma regulação específica facilita seu uso para atos criminosos. Esta manobra deixa claro que a intensão do presidente é endurecer ao máximo as práticas contra moedas como o Bitcoin.

Quando a nova atribuição dada ao serviço secreto, há uma expectativa de ressurgimento das raízes da organização. Fundada em 1865, seu principal papel na época era evitar a falsificação generalizada da moeda dos EUA. Agora a ideia é utilizar a experiência de seus profissionais em ordem a combater o crime organizado com critpomoedas, com técnicas e tecnologia de ponta.

O relatório que destina o orçamento bilionário para mexer na estrutura do Departamento de Tesouro diz ainda que a intenção é investir em meios eficientes de investigação e combate de organizações criminosas, preparando a nação para enfrentar ameaças futuras. Esta ação está se encaixando sobretudo em fortalecimento de crimes cibernéticos.

Outras informações importantes

Embora ainda não haja mais detalhes sobre os desdobramentos desta ação presidencial, é esperado que o papel de investigação do serviço secreto contra critpomoedas se encaixe na Rede de Execução de Crimes Financeiros, que controla atos como lavagem de dinheiro e monitora violações da lei de sigilo bancário relativas a ativos digitais. O governo norte-americano já investe milhões em monitoramento de cadeias de blockchain.

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Jeferson Scholz
Jeferson Scholz
Jornalista. Escrevi dois artigos acadêmicos publicados no congresso de comunicação INTERCOM, e fui diretor do documentário universitário "Planeta dos Desmortos - O Mito Zumbi".

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