A Ucrânia emitiu novas sanções econômicas contra a Rússia no último domingo (6), desta vez focando em mineradoras, corretoras e outras empresas de criptomoedas. A decisão também afeta 73 indivíduos, sendo válida por 10 anos.
Os dois países estão em guerra desde fevereiro de 2022, há cerca de dois anos e meio.
No início, a Ucrânia estava aceitando doações em Bitcoin para equipar seu exército. O dinheiro foi usado para comprar drones e outros equipamentos militares.
Por outro lado, a Rússia tenta driblar as sanções de outros países para manter sua economia. Como exemplo, o próprio Banco Central russo recomendou que empresas usassem criptomoedas em transações internacionais.
Ucrânia sanciona 60 empresas e 73 pessoas da Rússia com ligação ao setor de criptomoedas
A Ucrânia publicou dois documentos no último domingo (6), o primeiro focado em ações contra empresas, o segundo focando em indivíduos. As sanções são válidas por 10 anos e visam enfraquecer os negócios da Rússia.
Segundo a mídia local, das 60 empresas, 19 delas são mineradoras envolvidas em esquemas para driblar sanções, e 17 são emissores de criptomoedas que já estavam na lista de sanções dos EUA.
Além disso, 5 corretoras de criptomoedas entraram para a lista, bem como 19 empresas que atuam em áreas mais amplas da infraestrutura financeira da Rússia.
Três empresas dos Emirados Árabes Unidos, uma do Cazaquistão e outra de Chipre completam a tabela.
Em relação às pessoas físicas, 73 nomes aparecem no segundo documento. Esses indivíduos estão ligados a empresas já sancionadas, bem como ao Banco Central da Rússia.
“Isto é ao mesmo tempo uma sincronização com nossos parceiros e uma iniciativa própria”, comentou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. “Apenas por meio de uma única empresa, agora incluída na lista de sanções, e somente desde o início deste ano — ou seja, antes da imposição das sanções — os russos canalizaram vários bilhões de dólares, principalmente para as necessidades de seu complexo militar-industrial.”
“É claro que vamos encerrar todos esses esquemas. Neste momento, com muitos dos canais financeiros tradicionais da Rússia bloqueados, eles estão recorrendo cada vez mais a transações com criptomoedas.”
A empresa em questão citada por Zelensky seria a A7A5, responsável pela criação de uma stablecoin homônima atrelada ao rublo russo. Segundo dados do CoinMarketCap, a moeda é negociada apenas em corretoras descentralizadas.
Embora a Rússia esteja apoiando as criptomoedas até certo ponto, autoridades também fiscalizam crimes no país. Um exemplo recente foi a apreensão de um caminhão que abrigava uma mineradora ilegal de Bitcoin.