País sofre com menos exportação de petróleo e consequente falta de moedas estrangeiras (Foto/Reprodução)
Os venezuelanos estão com problemas em encontrar moedas estrangeiras no país sob sanção dos EUA, e estão conseguindo acesso a economia global com Dólar mediante operações em corretoras cripto.
De acordo com reportagem da Reuters, o próprio governo do ditador Nicolás Maduro tem permitido o uso de stablecoins no país pela população, ao se ver sem acesso às moedas estrangeiras.
Vale destacar que empresas privadas do país sofrem com as sanções aplicadas com o governo e com sanções que impedem acesso ao mercado global. Além disso, um problema na exportação do petróleo impulsiona o problema e deixa ainda menos moeda estrangeria circulando na economia local.
A reportagem da Reuters no dia 3 de setembro lembra que o governo venezuelano declarou que o país sofre uma “guerra econômica”.
Assim, empresas que precisam de matéria-prima de outros países precisam trocar os bolívares locais com os poucos dólares obtidos pela exportação de petróleo, para só então acessar o mercado estrangeiro.
Para contornar o problema econômico, as stablecoins e criptomoedas começam a se provar como uma solução viável no país.
Em conversa com a reportagem, um empresário de criptomoedas da Venezuela lembrou que quando uma porta se fecha, outras se abrem. Assim, as criptomoedas têm permitido a continuação da economia local, mesmo com a sanção exercida sobre o país do Sul do Caribe.
Vale destacar que, além das sanções, os Estados Unidos enviaram militares para a região afirmando que estão combatendo o tráfico internacional de drogas. O Governo Trump alega que Maduro é o chefe de um cartel de drogas e pressiona para que ele renuncie ao poder.
Enquanto isso, a Reuters indicou que empresa petrolífera estatal PDVSA cresceu suas operações com criptomoedas e stablecoins desde 2024.
Procurada, a Tether indicou que respeita a lista de sanções dos EUA e não fez maiores comentários sobre o assunto.
Uma situação curiosa sobre a situação na Venezuela envolve a crescente liberação de stablecoins para bancos do país, que começam a trocar bolívares por USDT para empresas privadas.
Contudo, as empresas devem registrar um endereço junto a instituição, para receber valores apenas por este. Ou seja, os bancos começaram a rastrear as atividades das empresas, não estando claro o que fazem com as informações em seus sistemas de compliance.
Um deputado venezuelano comentou que o acesso a divisas estrangeiras sempre tem um teto em todos os países, e que todos devem colaborar no processo de obter moedas de outros governos por meio de exportações.
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