O atual vereador de Curitiba, Eder Bordes (PP-PR), quase perdeu seu mandato e disse que a culpa é de uma pirâmide de bitcoin.
O vereador retomou seu posto na última terça-feira (29), quando comunicou o fim das ações pendentes contra ele na Justiça Eleitoral e Estadual.
Os problemas para o parlamentar começaram ainda em 2016, quando ele havia se candidatado para vereador e houve um erro na prestação de suas contas. O erro ocorreu por conta do seu antigo advogado ter iniciado um envolvimento com pirâmides de bitcoin, o que lhe causou problemas por muitos anos.
Mas ele foi eleito em 2020, e o erro de 2016 veio a tona novamente, com vários pedidos de cassação de seu mandato.
“Meu advogado se envolveu com pirâmides de bitcoin e esqueceu de prestar minhas contas de campanha”, diz vereador de Curitiba que quase foi cassado
De acordo com a Câmara Municipal de Curitiba, o vereador agora aliviado se pronunciou sobre os processos encerrados comemorando.
O vereador comunicou aos parlamentares da capital do Paraná que as duas medidas judiciais contra ele foram extintas, sendo que o processo de cassação de seu mandato na Justiça Eleitoral do Paraná terminou nesta semana, dando ganho de causa para Borges, e a ação contra ele na Justiça Estadual, movida pela APP-Sindicato, prescreveu antes de ter transitado em julgado.
“Ontem, tivemos um julgamento no TRE-PR [Tribunal Regional do Paraná] que indeferiu o recurso que pretendia cassar o meu mandato e me tornar inelegível por oito anos. O recurso foi impetrado pelo vereador Rodrigo Reis [União], com a deputada do PT, Ana Júlia, e um filiado ao PSol“, contextualizou Eder Borges, sobre o processo de cassação de mandato extinto nesta semana.
“Tudo começou quando fui candidato a vereador no ano de 2016 e obtive 4,2 mil votos, com um custo de campanha de pouco mais de R$ 3 mil. As contas à Justiça Eleitoral foram sendo prestadas e aquele que era meu advogado à época começou a mexer com essas pirâmides de bitcoin e esqueceu da vida. Ele simplesmente esqueceu de prestar a última etapa das minhas contas“, explicou o vereador.
Por fim, o vereador não mencionou com quais pirâmides seu advogado antigo se envolveu.
CPI apura crimes de pirâmides financeiras na Câmara dos Deputados
Por conta dos crescentes casos de escândalos de pirâmides financeiras no Brasil, algumas utilizando a imagem do bitcoin, a Câmara dos Deputados apura os crimes cometidos por várias destas empresas.
Com isso, a CPI das Pirâmides Financeiras reúne informações para ajudar a no futuro diminuir com a fraude no Brasil, também chamada de CPI das Criptomoedas.
Vale lembrar que, com o Marco das Criptomoedas (Lei nº 14.478/2022), quem comete fraudes financeiras pode pegar pena de prisão mais multa.