Desenvolvedor do Ethereum se declara culpado de ajudar Coreia do Norte a evadir sanções com o uso de criptomoedas

Ele foi processado por ajudar a Coreia do Norte a evadir sanções com uso de criptomoedas.

O programador Ethereum Virgil Griffith, que foi preso novamente em julho de 2021, se declarou culpado nos Estados Unidos pelas acusações de ajudar a Coreia do Norte a evadir sanções com o uso de criptomoedas.

O caso começou de fato em 2019, quando Virgil fez uma viagem para a Coreia do Norte, chamando a atenção das autoridades. Em sua viagem, o especialista na rede Ethereum não obteve uma autorização prévia do governo dos Estados Unidos, sendo sua ação considerada ilegal.

Como os Estados Unidos não mantêm relação diplomática com o país asiático, a ida de Virgil foi considerada um ato hostil, visto que ao evitar sanções a Coreia do Norte pode financiar seu programa de armas nucleares.

Ele havia sido colocado em liberdade, mas nos últimos meses foi preso ao consultar seu saldo em uma corretora de criptomoedas.

Programador Ethereum se declara culpado de conspiração nos Estados Unidos

Na última segunda-feira (27), Virgil Griffith foi a julgamento nos EUA, sendo acusado pela procuradora Audrey Strauss, em Nova Iorque. A principal acusação era de que ele forneceu conhecimento para que a Coreia do Norte evitasse sanções com uso de criptomoedas e soluções em blockchain, violando a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (“IEEPA”).

Segundo comunicado divulgado pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), Virgil se declarou culpado das acusações, ou seja, ajudou a Coreia do Norte a entender mais sobre criptomoedas.

“Conforme admitiu no tribunal hoje, Virgil Griffith concordou em ajudar um dos adversários estrangeiros mais perigosos de nosso país, a Coreia do Norte. Griffith trabalhou com outros para fornecer serviços de criptomoeda para a Coreia do Norte e ajudar a Coreia do Norte a fugir das sanções, e viajou para a Coreia do Norte para fazer isso.

No processo, Griffith colocou em risco a segurança nacional dos Estados Unidos ao minar as sanções que tanto o Congresso quanto o Presidente decretaram para colocar o máximo de pressão sobre a ameaça representada pelo regime traiçoeiro da Coreia do Norte.”

Após investigação do FBI e acusação, programador de poderá 20 anos de prisão

Morador de Cingapura e cidadão dos Estados Unidos, Virgil de 38 anos foi preso em seu país natal. Agora, com a sua confissão de ter ajudado a Coreia do Norte, ele receberá uma decisão sobre sua prisão em 18 de janeiro de 2022.

A acusação prevê que ele pode pegar uma pena máxima de 20 anos, segundo a legislação dos EUA. Caso isso se confirme, Virgil ficaria preso até seus 58 anos de idade.

Isso tudo aconteceu porque ele participou de um evento em abril de 2019 na capital da Coreia do Norte, que falava sobre criptomoedas. Na ocasião, ele ensinou as pessoas que participaram do encontro a minerar moedas digitais e fazer transações com elas.

Vale lembrar que este é o primeiro caso de uma prisão associada ao compartilhamento de informações sobre criptomoedas com a Coreia do Norte, mas os Estados Unidos deixa claro que não permitirá que isso aconteça, principalmente quando envolver pessoas nascidas no país.

Em 2019, Vitalik Buterin, cofundador do Ethereum que é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, chegou a assinar uma petição que pedia a liberdade de Virgil, mas com a confissão do programador o caso fica mais complicado.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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