O Grupo XP, considerado uma das maiores corretoras do Brasil, tornou pública suas intenções de entrar no mercado de criptomoedas. A corretora pretende lançar uma plataforma para negociação de ativos digitais entre outubro e dezembro de 2018 começando com as duas criptomoedas mais populares (Bitcoin e Ethereum).
Outras criptomoedas serão adicionadas em 2019.
No mês de setembro a XP registrou a marca “XP Bitcoin” no INPI, procurada pelo estadão a XP informou que estudava o mercado de moedas virtuais e analisava as possibilidades.
De acordo com CEO do Grupo XP, Guilherme Benchimo, a iniciativa vai oferecer a mais de 3 milhões de investidores em toda a América Latina a chance de se envolver no mercado de criptomoedas em ritmo acelerado.
Com base em informações da Bloomberg, a nova corretora de criptomoedas será chamada de “XDEX” e terá 40 funcionários.
O lançamento da XDEX permitirá que qualquer pessoa no Brasil e em toda a América Latina, procurando investir em criptos, participe do mercado sem ter que buscar uma solução no exterior. Isso permite um processo mais confiável de negociação no mercado.
O desenvolvimento desta plataforma parece que não trouxe tanta alegria ao CEO da XP, O presidente da corretora disse:
“Confesso que este é um tema que eu preferia que não existisse, mas existe”, afirmou o executivo. “Nos sentimos obrigados a avançar neste mercado”, complementou.
De acordo com a Bloomberg, a XP pretende ter 1 trilhão de reais (US $ 245 bilhões) sob custódia até 2020, quatro vezes o que se espera ter até o final do ano. A corretora também está lançando um banco nos próximos meses, disse Benchimol.
Para o cargo de economista-chefe de criptomoedas a XP Investimentos contratou o especialista em criptomoedas Fernando Ulrich, de acordo com o caderno de economia do Estadão.
O mercado de criptomoedas no Brasil e a chegada da XP Investimentos
A entrada do Grupo XP na indústria pode causar um aumento da participação da América Latina no mercado global de criptomoedas.
A situação legal das criptomoedas ainda é muito incerta no Brasil. Há muita dúvida jurídica em torno do assunto e algumas empresas financeiras vêem as criptomeodas como rival.
Esse pode ser um bom momento para a XP Investimentos.
Recentemente a Foxbit, antiga maior corretora de criptomoedas país, ficou offline por mais de 72 horas, o que poderia ter sido uma vantagem para uma empresa como a XP se estivesse devidamente preparada.