A Xtage, corretora de criptomoedas da XP Investimentos, anunciou o encerramento de suas atividades. A jornada da exchange durou pouco mais de um ano e reflete os desafios do mercado de criptomoedas no Brasil, atualmente dominado pela Binance.
No ano passado, XP anunciou a corretora com grande entusiasmo, o projeto visava captar meio milhão de clientes até o fim de 2022. Um objetivo ambicioso que demonstrou o otimismo da empresa no crescente mercado de ativos digitais.
Os detalhes do encerramento, como confirmado pela empresa, ainda são escassos. A falta de uma explicação clara para o encerramento levanta questões sobre a trajetória da plataforma e o que pode ter motivado a decisão.
Vale lembrar que esta não é a primeira aposta da XP no mercado de criptomoedas. Antes da Xtage, a empresa havia lançado a Xdex, que teve uma vida ainda mais curta, iniciando em 2018 e encerrando em 2020.
Curiosamente, as duas corretoras anunciaram o fim de suas atividades em momentos de grande otimismo. Em 2020, por exemplo, logo após a XDEX tirar seu site do ar, o Bitcoin valorizou mais de 900% nos meses seguintes.
Agora, o Bitcoin se prepara para um dos eventos mais importantes da história, quando terá seu quarto halving, além de o mercado estar otimista com a aprovação de ETFs de grandes titãs financeiros no início do ano que vem.
De acordo com comunicado da empresa, os clientes da XTAGE têm até 15 de dezembro para organizar suas carteiras, vendendo seus ativos digitais e sacando seus fundos. O diferencial, destacado pela empresa, é que as transações serão isentas de taxas durante o período.
“A partir do dia 20/10/2023, as operações de compra de criptomoedas serão interrompidas… Serviços como abertura de novas contas e portabilidade também serão suspensos.”
Após a data, quaisquer ativos remanescentes serão liquidadas e os fundos transferidos para as contas de investimento dos clientes na XP. No entanto, para os investidores ainda focados em manter uma pegada no universo cripto, a XP salienta que há outros produtos disponíveis.
Com moedas como Bitcoin, Ethereum e Solana na oferta, parecia que a Xtage estava bem posicionada para se estabelecer como líder no setor. No entanto, a ausência de uma função que permitisse saques de criptomoedas afastou os usuários mais avançados do setor.
Enquanto isso, a estrangeira Binance continua liderando o mercado brasileiro, com uma participação de mercado de mais de 60%.
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