Essas 3 criptomoedas somam 90% do volume total em negociações em 2020

Essa posição entre as três principais no volume real de negociação pode ser uma indicação da força que o Ethereum tem em seu histórico de segunda maior criptomoeda do mundo, além das possibilidades dos contratos inteligentes e desenvolvimento de Dapps.

O mercado de criptomoedas saiu de 2019 e entrou em 2020 mostrando crescimento em diversos pontos, após uma breve pausa nessa aceleração por causa da crise, o ecossistema voltou a ter força, principalmente com o Bitcoin. Apesar de um crescimento geral, o mercado parece estar focado em 3 criptomoedas, que juntas somam 90% do volume total de transações com ativos digitais.

Segundo os dados de volume de negociações em corretoras, o mercado está focado no Bitcoin, Ethereum e Tether, a primeira, segunda e quarta maior moeda do mercado por capitalização, respectivamente.

De acordo com Wilson Withiam, um dos pesquisadores da Mesari, 90% do volume real de negociação no ano de 2020 está centrado nos três ativos, deixando apenas 10% do volume para as outras moedas dentro do top 10.

Esse é um aumento de 15% em relação ao ano passado, onde essas mesmas três moedas eram responsáveis por 75% do volume real de negociação. Com isso, é possível entender para qual direção o mercado está crescendo.

Volume real de negociações no top 10 – Fonte: Mesari

Com as recentes movimentações e a importância do Bitcoin não é nenhuma surpresa que ele esteja entre os três ativos mais negociados do mercado. Esse volume provavelmente teve um reforço do hype por trás do halving, que elevou a movimentação do bitcoin em diversos mercados, incluindo no Brasil.

As outras moedas com maior volume são: Bitcoin Cash, Bitcoin Satoshi Vision, Litecoin, Binance Coin, EOS e Tezos.

A grande surpresa fica por conta do Ethereum, uma das principais criptomoedas do mercado, mas que não estava em um bom momento nos últimos meses, ainda lutando para se manter na casa dos US$ 200.

Essa posição entre as três principais no volume real de negociação pode ser uma indicação da força que o Ethereum tem em seu histórico de segunda maior criptomoeda do mundo, além das possibilidades dos contratos inteligentes e desenvolvimento de Dapps.

“Essa consolidação no topo mostra um ambiente favorável para os projetos construídos com base no BTC, ETH ou stablecoins. Mas é menos promissor para as alternativas ao BTC e ETH.

Grandes altas aumentam o interesse em novas redes. Incerteza provoca o oposto.”, disse Withiam.

Tether ganha força em meio à crise

A Tether (USDT) já é uma moeda notória por muito tempo. O ativo é uma stablecoin com lastro no dólar. Apesar de sempre ter tido um grande volume real, a situação delicada da economia pode ter alavancado a negociação da moeda.

Preço Tether. Imagen: Coinstats
Preço Tether. Imagen: Coinstats

Como apontado por Wilson Whitiam, em tempos de crise, o dólar é visto como uma importante reserva de valor. No entanto, atualmente a tokenização dos ativos é muito mais comum e prática do que a compra do dólar físico.

Com isso, não é surpresa que a maior stablecoin da criptoeconomia tenha cada vez mais interesse dos investidores e daqueles que estão procurando comprar dólar de forma mais simples e muitas vezes sem certas restrições e taxas.

No Brasil, o dólar também vem se tornando um ativo cobiçado, já que ele vem aumentando desde janeiro de 2020, com alguns acreditando que ele chegará a R$ 6,50.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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