Embora a recente correção do Bitcoin não seja a maior em termos percentuais, esta já é a maior perda da sua história após perder 639 bilhões de dólares (R$ 3,5 trilhões) em capitalização de mercado. Superando assim a queda de abril do ano passado, quando o perdeu U$ 626 bilhões (R$ 3,4 tri), segundo dados do CoinGecko.
Saindo de um topo histórico de 69 mil dólares em novembro de 2021 para os 33 mil dólares nesta segunda-feira (24), a queda acumulada já passa os 50%. Colocando-a como a sexta-maior correção em termos percentuais.
Enquanto isso, analistas enxergam um forte suporte na região dos 30 mil dólares. Mesmo sendo um bom alvo para realizar aportes, para os mais conservadores é importante esperar por um pivô de alta antes, afinal é difícil saber quanto tempo este inverno das criptomoedas vai durar.
Correção do Bitcoin não é novidade
Sendo o mercado mais livre de todos, não é surpresa que o Bitcoin enfrente grandes correções, afinal ele é negociado mundialmente 24/7, sem circuit breaker ou com injeções de dinheiro estatal para salvá-lo, como acontece em outros mercados.
Até o momento, a queda de 52% desde seu topo histórico de novembro de ano passado já é a sexta maior de toda história. Apesar disso, é a maior perda de capitalização de mercado do Bitcoin, 634 bilhões de dólares (R$ 3,5 trilhões), ou seja, a maior de todas.
A grande questão para todos investidores é até onde essa queda vai, bem como quanto tempo durará o inverno das criptomoedas. Afinal, o Bitcoin sempre se recuperou destas quedas.
Por hora, seu suporte mais forte está na região dos 30 mil dólares, todavia é importante ter cautela para não “pegar a faca caindo”.
Já para quem continua comprado, o importante é não vender na baixa, ou seja, enquanto o Bitcoin estiver acima dos 30 mil dólares está ótimo. Caso rompa este suporte, a situação se complica.
O que causou a queda do Bitcoin?
Desta vez não aconteceu nenhum evento que justifique tamanha queda. Na verdade o Bitcoin já vinha em baixa desde novembro quando o Fed começou a se preocupar com a inflação, reduzindo estímulos.
Além disso, a rejeição de um ETF de Bitcoin à vista pela SEC, naquele mesmo mês, também esfriou o mercado. Um dos motivos citados foi a possível manipulação do mercado.
Por fim, o mercado já estava bem esticado e sem instituições comprando Bitcoin através de um ETF, muitos começaram a entender que o Bitcoin não chegaria nos 100 mil dólares e começaram a realizar seus ganhos.
Quanto ao sentimento geral, ainda está positivo com grandes empresas como Intel entrando no setor de mineração e Google considerando trabalhar com criptomoedas. Com isso, esta queda pode ser ótima para realizar aportes em projetos que vão sobreviver a este inverno.