A sede da Igreja Católica, o Vaticano, está criado uma galeria NFT para disponibilizar sua arte para todo o mundo. O ambicioso projeto pretende ser o primeiro religioso a ser acessado no futuro via metaverso, universalizando a cultura da igreja.
Dentro da igreja, existe um veículo chamado “Humanity 2.0 Foundation”, ou Fundação Humanidade 2.0, na tradução literal. E a função dessa instituição, administrada pelo Padre Philip Larrey, é aproximar a igreja dos setores privados e públicos.
Além disso, o veículo busca identificar barreiras que acredita atrapalhar o desenvolvimento humano, lutando com soluções inovadoras para acabar com o problema.
Vaticano está criando galeria NFT que será acessada via metaverso
Uma parceria público-privada planeja disponibilizar um dos maiores museus religiosos do mundo para a internet. Isso será fruto das empresas Sensorium e Humanity 2.0, que esperam universalizar os manuscritos, obras-primas e iniciativas acadêmicas do Vaticano para todo o mundo.
Para isso, nada melhor que utilizar a tecnologia, principalmente duas que estão em alta pelo mundo: NFTs e metaverso. A Sensorium é uma empresa fundada em 2018 que constrói metaversos, sendo conhecida por fãs de artistas como David Guetta, Armin van Buuren, Eric Prydz, entre outros mais.
Com a parceira, a Sensorium será a primeira criadora de metaversos a participar dos subcomitês de NFT e Ativos Digitais da ONG. Já o Padre Philip Larrey, que cuida da Humanity 2.0, disse que a arte da igreja será democratizada com essa parceria.
“Estamos ansiosos para trabalhar com a Sensorium para explorar maneiras de democratizar a arte, tornando-a mais amplamente disponível para as pessoas em todo o mundo, independentemente de suas limitações socioeconômicas e geográficas. A parceria com a Sensorium traz isso objetivo um passo adiante e nos equipa com as mais recentes soluções tecnológicas”.
De acordo com o anúncio da novidade, o Vaticano informou que atrai mais de 6 milhões de visitantes por ano, com uma vasta coleção de 800 obras de arte de 250 artistas internacionais. Esse museu foi fundado no século 16 e é uma referência na história da arte.
Ainda não está claro como funcionará o uso de NFTs por essa solução do Vaticano, embora seja um caso inovador no meio religioso.
Igreja conhece a tecnologia blockchain há alguns anos
Em 2019, conforme apurado pelo Livecoins, a Igreja Católica já observava as vantagens de se utilizar a tecnologia blockchain para inovar. Na ocasião, autoridades do Vaticano promoveram um encontro com uma empresa de blockchain que luta contra a poluição dos oceanos.
Já em 2021, o próprio Papa Francisco criticou o uso de tecnologias que poluem o meio ambiente, indicando que não gostava do bitcoin como moeda. A comunidade reagiu à crítica, feita em um momento em que a mineração da moeda digital estava sendo pressionada por empresas e governos.