Chamada Bitexcell Operações Digitais, a empresa que supostamente atua no mercado de criptomoedas agora é acusada de calote por um investidor na justiça. Segundo ele, após promessas de rendimentos com operações de um robô na Binance, os líderes da plataforma congelaram os saques.
Para atrair clientes, a BitExcell utilizava-se de apresentações de negócios com uso de supostos robôs, que seriam os responsáveis por operar na corretora Binance.
De acordo com o site oficial, a empresa teria sede em Campinas e Bebedouro, duas cidades do interior de São Paulo. No CNPJ, consta que a abertura da empresa foi em novembro de 2017, com dois sócios-administradores que também são citados no processo movido por um investidor.
Investidor da BitExcell perde R$ 200 mil e diz que empresa deu calote com criptomoedas na justiça
Um investidor da BitExcell nada gostou de ver a empresa suspender suas operações de intermediação para clientes, travando os saques após promessas de rendimentos certos.
Assim, o investidor alega que perdeu R$ 200 mil na empresa, após acreditar em suas promessas de lucros de até 4,2% ao mês. Como a empresa afirmava que investidores que convidassem terceiros teriam mais lucros, ele agora afirma que o negócio é um esquema de pirâmide financeira na justiça de São Paulo.
“O autor alega que a requerida Bitexcell figura como empresa investidora de criptomoedas, prometendo operações rentáveis e com lucros promissores na compra e venda da moeda digital, e que os demais requeridos figuram como sócios da primeira. Que após diversas ofertas, ele foi convencido a investir R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), podendo sacar juros simples mensalmente ou juros compostos ao final de determinado período, com percentual/índice entre 3,5 a 4,2%. A promessa era de rendimentos consolidados e convidativos e, caso o autor trouxesse terceiros junto à empresa como indicação, o investimento e retorno aumentariam.”
Contudo, um dos sócios do possível esquema alega que foi sequestrado e entregou o pen-drive com as criptomoedas aos criminosos. Em conversa com clientes, ele alegou que há em curso um plano de restituição, prática comum em esquemas de pirâmides.
Dessa forma, ele pediu urgência para que a justiça determinasse o bloqueio de bens da empresa e de seus sócios, o que foi acatado pelo Juiz Luiz Fernando Silva Oliveira, de Bebedouro.
“Portanto, atendidas as exigências legais, é de rigor o acolhimento do pleito visando à concessão da tutela de urgência, para o fim de determinar o bloqueio de bens dos requeridos do valor de R$ 200.000,00, via Sisbajud, Renajud e Arisp, providenciando-se a serventia a medida com brevidade.”
Os réus ainda não foram citados no processo, que corre desde o início deste mês de julho.
O que diz a BitExcell em sua defesa?
Em uma nota divulgada em seu website, a empresa alega que foi alvo de um golpe criminoso, quando em junho de 2022, seu sócio foi sequestrado.
Na ação, os criminosos levaram todo o dinheiro da operação e agora o saldo em caixa da empresa é praticamente zero. Em sua defesa, a empresa acusada de calote na justiça diz que há um inquérito policial apurando o caso.
Veja a nota na íntegra da BitExcell: