A vida do Faraó dos bitcoins, Glaidson Acácio dos Santos, não está nada fácil nos últimos dias, devendo agora depositar R$ 19 bilhões em uma conta judicial que será utilizada para pagar os clientes lesados pelo esquema de sua empresa.
Mas o que realmente chama atenção para o caso é que ele terá apenas 3 dias, 72 horas, para honrar com a decisão e cumprir o que foi determinado. As informações são do G1.
Na última semana, o faraó teve uma sequência de revezes, sendo a primeira pelo TRE-RJ, que barrou sua candidatura a deputado federal, visto que ele tem uma empresa atualmente em recuperação judicial no estado do Rio de Janeiro, que é a GAS Consultoria Bitcoin.
Após isso, a CVM acabou revendo sua posição sobre o caso do que pode ser o maior golpe com a imagem do bitcoin no Brasil e, assim, processou administrativamente o faraó dos bitcoins, cuja empresa é em Cabo Frio.
Faraó dos bitcoins tem 3 dias para depositar R$ 19 bilhões de clientes
A 3.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou que o Faraó dos Bitcoins comece a pagar seus clientes, devolvendo de início R$ 19 bilhões para alguns deles.
O valor deve ser depositado em uma conta judicial em até três dias, que após a ação ser realizada, terá todo o valor convertido para a Justiça Estadual do Rio, onde tramita um processo movido por clientes.
A suspeitas da Polícia Federal quando deflagrou a Operação Kryptos em 2021 era de que a pirâmide financeira criada por Glaidson movimentou R$ 38 bilhões, ou seja, o depósito exigido agora é de metade do valor supostamente trabalhado pela empresa enquanto captou investimentos de pessoas pelo Brasil.
A GAS Consultoria não tinha autorização para oferecer produtos com criptomoedas no país pela CVM, por isso, agora também enfrenta um processo que pode render mais multas ao seu criador.
Interpol tem ajudado a prender foragidos
Preso há mais de um ano, Glaidson é apenas um dos líderes da suposta organização criminosa acusa além de dar golpes com promessas de 10% com bitcoin, de assassinar um concorrente e mandar matar outro.
Assim, além da Operação da PF no Brasil, foragidos estão na lista da Interpol e seguem sendo caçados pelas autoridades no exterior.
A esposa de Glaidson, venezuelana Mirelis Zerpa, segue foragida e em local desconhecido. Recentemente, ela disse que não tem mais dinheiro para pagar os clientes, visto que a justiça brasileira tinha congelado tudo.
Não está claro ainda se a GAS irá cumprir a decisão judicial no prazo determinado, visto que a empresa ainda não se manifestou publicamente até o fechamento dessa matéria.