Após perder 5% de seu valor nesta quinta-feira (9), o Bitcoin voltou a ser negociado abaixo dos US$ 22.000 pela primeira vez nas últimas três semanas. Outras criptomoedas estão acompanhando a baixa.
Um dos motivos que levou a queda seria a multa da SEC à corretora Kraken por serviços de staking. Ou seja, essa é mais uma amostra que os EUA estão pressionando o setor de criptomoedas por todos os lados.
As ações da Coinbase, maior corretora dos EUA, também foram afetadas pela decisão da SEC, fechando o dia com queda de 12,9%. Brian Armstrong, CEO da Coinbase, já havia abordado o assunto antes mesmo de sua divulgação ao público.
Voltando ao Bitcoin, novas falas do Fed ainda na quarta-feira (8) também ajudaram na pressão do mercado. Segundo Lisa Cook e Christopher Waller, as taxas de juros não só devem continuar aumento como também permanecerão nestes níveis por um bom tempo.
“Estamos determinados a reduzir a inflação para a nossa meta. Portanto, acredito que ainda não terminamos de aumentar as taxas de juros e precisaremos manter as taxas de juros suficientemente restritivas”, comentou Lisa Cook.
“Pode ser uma luta longa, com taxas de juros mais altas por mais tempo do que alguns esperam atualmente”, adicionou Christopher Waller.
Portanto, muitos traders podem ter repensado suas estratégias de curto e médio prazo, fechando posições compradas.
Resistência dos US$ 25.000 é antecipada
Enquanto diversos analistas apontam que os touros terão grande dificuldade em romper os US$ 25.000, a verdade é que o Bitcoin nem sequer chegou lá. Na quinta-feira da semana passada, dia 2, o Bitcoin alcançou os US$ 24.258, sua máxima anual, e desde então só caiu.
Em outras palavras, os touros podem ter desistido desta briga antes mesmo dela acontecer. Afinal, se todos estavam concordando que o Bitcoin não romperia os US$ 25.000 de imediato e passaria por uma correção, seria melhor realizar lucros e/ou ficar de fora do mercado até que um melhor risco/retorno fosse apresentado.
Ainda sobre essas análises, Tone Vays acredita que o bitcoin caia para os US$ 21.000. Já Peter Brandt está um pouco mais pessimista, cravando que o próximo suporte está na região dos US$ 18.000.
Pior já passou, diz Pantera Capital, afirmando que estamos em um mercado de alta
Apesar da recente correção, a opinião geral é que o cripto-inverno já ficou para trás, dando lugar à primavera. Além dos analistas acima, outro que concorda com isso é a Pantera Capital, fundo que investe em Bitcoin há 10 anos.
“Já investimos em quatro invernos das criptomoedas”, disse Dan Morehead da Pantera. “Acredito que terminamos [com o mercado de baixa] e começamos a ir mais alto. Acredito que os ativos de blockchain passaram por seus fundos e que estamos no próximo ciclo de alta do mercado.”
Por fim, outras criptomoedas seguiram a queda do Bitcoin. Ethereum, segunda maior do mercado, está registrando uma queda diária de 6,2%.
Já a The Graph (GRT), criptomoeda de IA que valorizou 48,5% após a integração do ChatGPT ao Bing, agora está com um dos piores desempenhos, caindo 13% nesta sexta-feira (10).