Corretora de criptomoedas usou dinheiro dos clientes em sites de aposta

A Comissão de Valores Mobiliários da Colúmbia Britânica (BCSC) está acusando uma corretora de criptomoedas de usar os depósitos de seus clientes para benefício próprio de seus fundadores.

Sendo mais específico, o documento afirma que a ezBtc transferiu 935,47 bitcoins (BTC) e 159 ethers (ETH) para dois sites de apostas sem a autorização de seus clientes. Atualmente o montante total é equivalente a R$ 131 milhões.

Seguindo, é apontado que a corretora operou entre os anos de 2016 e 2019, recebendo mais de 2.300 BTC e 600 ETH em depósitos. No momento, o site da ezBtc encontra-se fora do ar.

Mais um caso de desvio de fundos em corretoras de criptomoedas para sites de apostas

Há dois meses, em março deste ano, a SEC processava a corretora Beaxy. Na acusação, a agência americana chegou a citar que seu CEO usou R$ 4,6 milhões arrecadados para benefício próprio, incluindo gastos em jogos de azar.

Agora outra corretora enfrenta uma acusação bastante parecida. Em documento publicado pela Comissão de Valores Mobiliários da Colúmbia Britânica (BCSC), a extinta corretora canadense é acusada de usar o dinheiro de seus clientes em sites de aposta.

“De 2016 a 2019, os clientes da ezBtc depositaram mais de 2.300 bitcoins e mais de 600 Ether em endereços da ezBtc”, aponta o documento. “A ezBtc transferiu 935,47 bitcoins e 159 ethers recebidos dos clientes para dois sites de apostas de criptomoedas online, sem autorização do cliente.”

Segundo a Comissão, os valores eram equivalentes a 13 milhões de dólares canadenses na época. Com a valorização das duas criptomoedas nos anos seguintes, hoje o montante é de 35,4 milhões de dólares canadenses (R$ 131 milhões).

Corretora de criptomoedas não é carteira

O caso também lembra outra extinta corretora canadense que deixou seus clientes sem acesso aos seus fundos. Também em 2019, a QuadrigaCX anunciava uma pausa nos saques após seu CEO, Gerald Cotten, morrer e levar consigo o acesso às criptomoedas de sua corretora.

A situação pareceu tão mal explicada que alguns chegaram a acreditar que Cotten teria forjado sua própria morte para sumir com as criptomoedas ou então evitar processos judiciais. O caso ficou tão famoso que foi até mesmo transformado em filme pela Netflix.

Por fim, a falência de dezenas de corretoras de criptomoedas ao longo da última década é um alerta de segurança. Em outras palavras, investidores devem fazer a própria custódia de seus fundos caso não queiram passar por situações parecidas com estas.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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