Um endereço com 38.837 bitcoins está chamando a atenção da comunidade por sua recente atividade. A quantia é equivalente a mais de R$ 8 bilhões e a identidade da carteira começou há pouco mais de um ano, em novembro de 2022.
Desde 1º de dezembro de 2023, cerca de 2.100 bitcoins entraram na carteira em diversas transações de pouco mais de 100 BTC. No momento, esse é o 16º maior endereço de Bitcoin do mundo.
Nas redes sociais, outros investidores tentam descobrir quem é o investidor ou entidade misteriosa por trás do endereço. Alguns sugerem que seja Michael Saylor, outros apontam que uma carteira tão gorda só pode pertencer a uma corretora.
De qualquer forma, os comentários não passam de especulações. Dados on-chain também são rasos, apresentando ligações com diversos endereços, mas sem revelar pistas substânciais.
Baleia misteriosa está ativa desde a falência da FTX
Uma das primeiras transações do endereço é um depósito de 10.309 bitcoins no dia 4 de novembro de 2022. Dois dias antes dessa movimentação, a Alameda Research era acusada de estar insolvente, fato que levou a FTX a uma corrida de saques e à sua falência nos dias seguintes.
Portanto, outra suposição é que a carteira misteriosa tenha ligação com a FTX.
Segundo dados publicados pela nova gerência da corretora, a FTX tinha US$ 560 milhões em Bitcoin em meados de setembro, bem como outras criptomoedas que seriam vendidas para ressarcir seus antigos clientes. Indo além, também foram encontradas criptomoedas da FTX em outras corretoras ao longo desse ano.
Sendo assim, isso justificaria o intenso fluxo de depósitos no endereço que poderia pertencer a FTX. No entanto, a teoria é enfraquecida pelo fato de que ex-funcionários da FTX poderiam ter acesso a essa carteira, já que ela foi criada antes de Sam Bankman-Fried deixar o comando da empresa. Indo além, o endereço também conta com algumas transações de saída.
Portanto, a identidade dessa baleia misteriosa continua sendo um mistério e uma prova da força do pseudo-anonimato do Bitcoin. Já outro endereço misterioso acumulou 118.300 bitcoins (R$ 24,5 bilhões) em poucos meses e até o momento ninguém sabe dizer a quem a fortuna pertence.