O Bitcoin atingiu uma nova máxima contra o dólar americano às 12:04 pelo horário de Brasília, chegando aos US$ 69.210 na Bitstamp. No entanto, a maior criptomoeda do mercado não conseguiu se manter acima dos US$ 69.000 por mais de um minuto e desabou logo na sequência.
Ao voltar para os US$ 64.500, o bitcoin perdeu 6,8% de seu valor em questão de minutos em relação a seu novo recorde de preço.
Como consequência, diversos traders foram liquidados. Segundo dados da Coinglass, as liquidações no mercado de criptomoedas chegam a R$ 3,6 bilhões (US$ 738 milhões) nas últimas 24 horas e um único investidor perdeu R$ 40,7 milhões.
Touros e ursos batalham por máxima histórica do Bitcoin
O Bitcoin teve um salto de 8,3% nesta segunda-feira (4), fechando o dia nos US$ 68.350. Faltando menos de mil dólares para atingir sua máxima histórica, os touros conseguiram dar sequência nos ganhos nesta manhã e romperam os US$ 69.000.
Embora o Bitcoin tenha estabelecido um novo recorde contra o dólar ao ultrapassar os US$ 69.000, a marca foi superficial já que o preço caiu logo em seguida.
A resistência da região, talvez mais forte do que muitos imaginavam, acabou gerando uma cascata de liquidações nos mercados de futuros. Sendo assim, o Bitcoin voltou para os US$ 64.500 no início da tarde desta terça-feira (5).
“Nas últimas 24 horas, 203.544 traders foram liquidados, o total de liquidações chega a US$ 738,09 milhões (R$ 3,6 bi)”, aponta a Coinglass. “A maior ordem de liquidação única aconteceu na Binance — BTCUSDT no valor de US$ 8,23 milhões (R$ 40,66).”
Como observado na imagem, tanto touros quanto ursos sofreram nas últimas 24 horas. Enquanto o mercado liquidou R$ 1,4 bilhão em shorts (posições vendidas) devido à alta de ontem, as liquidações chegaram a R$ 2,2 bilhões nos longs (posições compradas) devido à queda de hoje.
Independente disso, o Bitcoin continua em uma forte tendência de alta tanto no curto quanto no médio e longo prazo. Em 2024 os ganhos estão em 54,6%. Já em relação ao seu fundo de 2022, o BTC já valorizou 318%. Indo mais longe, ao fundo de 2020, os ganhos são de 1.600%.
Facebook, Instagram e outros serviços fora do ar
Quase ao mesmo tempo em que o Bitcoin atingia sua máxima histórica, os serviços do Facebook e do Instagram ficaram indisponíveis aos seus usuários. Utilizando o Twitter, um porta-voz da Meta confirmou a queda, mas não ofereceu mais detalhes.
“Estamos cientes de que as pessoas estão tendo problemas para acessar nossos serviços. Estamos trabalhando nisso agora.”
We're aware people are having trouble accessing our services. We are working on this now.
— Andy Stone (@andymstone) March 5, 2024
Embora as redes sociais da Meta não tenham ligação com o Bitcoin, dados do DownDetector mostram que serviços do Google e da Amazon também enfrentaram problemas nesta terça-feira (5).
Portanto, mesmo que nenhuma empresa do setor tenha divulgado nota sobre o assunto, alguns investidores estão especulando que a correção do Bitcoin possa ter ligação com essas interrupções em outros serviços, que podem ser usadas por corretoras de criptomoedas.