Criador do Ethereum recomenda comunismo aos seus seguidores

Considerado um golpista pelos maximalistas do Bitcoin, Vitalik Buterin também é considerado um gênio pelos investidores de Ethereum. Portanto, é provável que seu novo texto sobre um “comunismo degenerado” tenha a mesma recepção nas redes sociais.

Vitalik Buterin, criador do Ethereum, publicou um longo texto em seu blog pessoal afirmando que o “comunismo degenerado” é a única ideologia política possível. Em sua explicação, o desenvolvedor afirma ser necessário abraçar o caos caso você queira uma revitalização e renovação.

“Ideias antigas que dominaram o pensamento político das elites, seja o capitalismo, o liberalismo, a social-democracia progressista ou qualquer outra coisa, estão perdendo popularidade rapidamente”, escreveu Buterin. “Os capitalistas estão apoiando impostos. Os libertários estão pressionando para proibir a carne cultivada em laboratório e estão ativamente criticando os poucos em suas fileiras que ainda lembram que o libertarianismo deveria ser sobre liberdade.”

“E então, em vez de tentarmos olhar para trás, precisamos olhar para frente. Qual é a ideologia voltada para o futuro que resolve esses problemas? O comunismo degenerado.”

Enquanto o termo comunismo é mundialmente conhecido, Buterin explica que o termo degenerado (degen, em inglês) já foi amplamente adotado no mundo das criptomoedas. Em suma, ele se refere ao investidor que não tem medo de perder seu dinheiro, investindo nos projetos mais duvidosos e, além disso, mantém suas posições mesmo após quedas de 90%.

“Às vezes, o caos imprevisível também faz bem: muitos memecoins doaram quantias significativas para instituições de caridade”, comentou Buterin, provavelmente se referindo a sua doação de US$ 6,7 bilhões em Shiba Inu em 2022.

Em relação a hacks, o criador do Ethereum mostra seu lado comunista. Ao invés do prejuízo ser repartido, ele defende que as menores posições deveriam ser tratadas com prioridade, para só então os mais ricos serem ressarcidos. Na sequência, Buterin criou até mesmo uma lista de ideias que podem ser abordadas pelo comunismo degenerado.

  • Memecoins e jogos podem doar uma parte de sua oferta para instituições de caridade.
  • Projetos podem usar airdrops que fazem o possível para distribuir o máximo para usuários individuais, bem como para contribuidores de bens públicos, como desenvolvedores de software de código aberto, solo stakers, etc.
  • Os projetos podem ter programas de financiamento de bens públicos (sejam proativos ou retroativos).
  • Se um token de governança ficar muito concentrado e esses players tomarem decisões erradas, a comunidade deverá estar mais disposta a criar um fork do projeto e zerar os tokens desses players que tomaram as decisões erradas.

“Consequentemente, um futuro degenerado comunista para as criptomoedas é muito possível.”

Criador do Ethereum está falando sério?

Considerado um golpista pelos maximalistas do Bitcoin, Vitalik Buterin também é considerado um gênio pelos investidores de Ethereum. Portanto, é provável que seu novo texto sobre um “comunismo degenerado” tenha a mesma recepção nas redes sociais.

O problema é saber se o criador do Ethereum está falando sério. Afinal, o texto foi publicado no dia 1º de abril, conhecido como o “dia da mentira” e usado mundial para pregar peças.

Em 2022, o desenvolvedor já havia usado a mesma artimanha para elogiar os maximalistas do Bitcoin enquanto criticava sua própria moeda, o Ethereum.

Portanto, é provável que Buterin esteja nos fazendo de tolos, mas que também esteja aproveitando o dia para expressar suas ideias mais malucas sem ser julgado. Afinal, ele pode usar da desculpa que tudo isso era apenas uma brincadeira.

Ganhe um bônus de R$ 100 de boas vindas. Crie a sua conta na melhor corretora de criptomoedas feita para Traders Profissionais. Acesse: bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

Últimas notícias

Últimas notícias