BRICS está planejando utilizar stablecoin, diz vice-ministro russo

Em conversa com a TV BRICS, o vice-ministro das relações exteriores da Rússia Sergei Ryabkov comentou sobre a chegada de novos países no grupo, incluindo Irã, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, mas também sobre a cooperação dos atuais participantes.

Sergei Ryabkov, vice-ministro das relações exteriores da Rússia, afirmou que o BRICS está trabalhando em liquidações de stablecoins, ou seja, criptomoedas lastreadas em outras moedas fiduciárias. A grande questão é qual seria essa moeda.

Conforme nenhum país do BRICS possui uma stablecoin, ao contrário dos EUA, por exemplo, é possível que os países estejam planejando a criação de uma moeda comum. Em 2023, também surgiram rumores de que tal moeda poderia ser lastreada em ouro.

Formado essencialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul, um dos objetivos do grupo é ser menos dependente do uso do dólar americano no comércio internacional.

Vice-ministro da Rússia diz que BRICS está considerando várias opções

Em conversa com a TV BRICS, o vice-ministro das relações exteriores da Rússia Sergei Ryabkov comentou sobre a chegada de novos países no grupo, incluindo Irã, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, mas também sobre a cooperação dos atuais participantes.

Um dos destaques foi o campo financeiro. Afinal, os países do BRICS já representam 32% do PIB mundial, sendo maior que o PIB do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), que detém 29% do produto interno bruto de todo o mundo.

“Várias opções estão sendo consideradas”, disse Ryabkov sobre como o grupo aumentará sua presença financeira global.

“Por exemplo, liquidações em stablecoins ou a opção de criação de uma plataforma que unirá os sistemas financeiros dos seus participantes (BRICS Bridge).”

No mês passado, o BRICS já havia anunciado um sistema de pagamentos utilizando blockchain, mesma tecnologia por trás do Bitcoin. Conforme o Brasil é um dos líderes nesse campo, principalmente pelo sucesso do Pix e dos testes com o Drex, é possível que o grupo seja beneficiado pelos conhecimentos dos brasileiros.

“Também está sendo discutida a possibilidade de unir os sistemas nacionais de transmissão de mensagens financeiras”, finalizou Ryabkov, notando que tanto ministros das finanças quanto presidentes dos bancos centrais se reuniram em São Paulo no último mês de fevereiro.

Dólar ameaçado?

O presidente russo Vladimir Putin recentemente afirmou que os EUA erraram ao sancionar seu país. Isso porque a decisão acabou enfraquecendo o dólar, substituído por outras moedas como o yuan chinês, que já é a moeda mais negociada pela Rússia.

Já a Venezuela, que está tentando entrar no BRICS, está acelerando a adoção de criptomoedas após ser sancionada novamente pelos EUA.

Sendo assim, não é difícil imaginar um cenário onde o dólar deixe de ser a moeda dominante no comércio internacional. A grande questão é qual moeda o substituiria, o yuan, o Bitcoin ou então uma que ainda não foi criada.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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