S&P dá pior nota possível para Tether (USDT) e CEO rebate: “Nos orgulhamos do seu desprezo”

Agência citou diversas questões para justificar sua nota, incluindo gestão opaca e aumento da exposição a ativos de risco

A Standard & Poor’s (S&P), uma das principais agências de classificação de risco do mundo, publicou uma classificação sobre a Tether (USDT) nesta quarta-feira (26). A stablecoin recebeu uma nota 5, considerada a pior de todas.

Nas redes sociais, Paolo Ardoino, CEO da Tether, rebateu às críticas imediatamente afirmando que a “máquina de propaganda das finanças tradicionais” fica preocupada quando uma empresa de fora desafia esse sistema.

A agência também emitiu uma classificação de crédito para a Strategy no mês passado. Apesar da nota baixa (B-), a Michael Saylor soube tirar proveito da situação ao apontar que eles foram a primeira tesouraria de Bitcoin a ser avaliada.

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S&P critica Tether (USDT) e lista fragilidades da stablecoin

A Tether está no mercado há 11 anos, sempre aparecendo como a maior do setor. Apesar disso, a S&P deu a pior classificação possível para a stablecoin USDT.

“Nossa avaliação dos ativos, de 5 (fraco), reflete o aumento da exposição a ativos de alto risco nas reservas do USDT ao longo do último ano e lacunas persistentes na divulgação.”

Tether recebe pior classificação possível da S&P. Fonte: S&P/Reprodução.
Tether recebe pior classificação possível da S&P. Fonte: S&P/Reprodução.

Como exemplo, a agência aponta que o Bitcoin agora representa 5,6% das reservas da Tether, superando o excedente de 3,9% do seu lastro.

Em suma, a S&P afirma que uma forte queda do Bitcoin e outros ativos de risco no portfólio da Tether poderiam fazer a stablecoin perder seu lastro de 1:1 com o dólar americano.

Somado a isso, o texto também cita transparência limitada na gestão das reservas e no apetite de risco, falta de arcabouço regulatório robusto, falta de segregação de ativos para proteger contra uma possível insolvência, bem como limitações na capacidade de resgate de USDT.

“A exposição a ativos de alto risco na carteira de reservas da Tether aumentou ao longo do último ano”, disse a S&P.

Ativos que dão lastro à stablecoin USDT. Fonte: S&P/Reprodução.
Ativos que dão lastro à stablecoin USDT. Fonte: S&P/Reprodução.

Ao longo do relatório, a agência destrincha em detalhes os pontos mencionados acima.

A única menção positiva fica para o ótimo histórico de estabilidade da criptomoeda. Isso porque ela manteve sua paridade em momentos de crise do setor, como durante a falência da FTX, a crise bancária americana e ao escândalo da Terra (LUNA).

CEO da Tether responde à classificação da S&P

Paolo Ardoino, CEO da Tether, foi tão rápido quanto áspero em sua resposta à classificação da S&P sobre sua stablecoin.

“Para a S&P a respeito da sua classificação da Tether: Nos orgulhamos do seu desprezo.”

O executivo aponta que esses modelos clássicos de avaliação levaram investidores privados e institucionais a colocar seu dinheiro em empresas que quebraram apesar de notas altas, fazendo com que tanto reguladores quanto ele questionem esses modelos.

“A máquina de propaganda das finanças tradicionais está ficando preocupada quando qualquer empresa tenta desafiar a força da gravidade do sistema financeiro quebrado. Nenhuma empresa deveria ousar se desvincular dele”, continuou Ardoino.

Finalizando, o CEO da Tether aponta que eles foram a primeira empresa supercapitalizada sem reservas tóxicas e, ainda assim, são extremamente lucrativos.

“Tether é a prova viva de que o sistema financeiro tradicional está tão quebrado que está começando a ser temido pelos imperadores que não têm roupas”, finalizou.

Paolo Ardoino, CEO da Tether, rebate classificação da S&P sobre a USDT. Fonte: X.
Paolo Ardoino, CEO da Tether, rebate classificação da S&P sobre a USDT. Fonte: X.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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