FMI compara Bitcoin com ouro, mas diz que metal ainda possui mais confiança coletiva

FMI apont que principal diferença entre ouro e Bitcoin ainda é cultural, já que o metal serve como ativo financeiro há milênios

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou nesta quarta-feira (17) um breve texto tentando explicar porque o ouro mantém seu valor em uma era de ativos digitais. Como resposta desta pergunta, o FMI aponta que o metal “carrega o peso de milênios de confiança”.

Faltando poucos dias para o final do ano, o Bitcoin opera em queda de 5,9% enquanto o ouro passa por um de seus melhores períodos da história e sobe 65,5% em 2025.

“O ouro evoluiu de âncora monetária para refúgio de investimento — o ativo padrão em tempos de medo”, explica o FMI após resumir a história milenar do metal.

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Bitcoin representa o futuro da crença especulativa, o ouro incorpora a memória da fé coletiva, diz FMI

Como qualquer ativo, o FMI destaca que o preço do ouro disparou nos últimos anos devido à demanda maior que a oferta. Isso inclui “uma onda sem precedentes de compras por bancos centrais” da China, Índia, Turquia e Polônia.

Além da diversificação de reservas, o Fundo Monetário Internacional também nota que outro foco é a reduzir a vulnerabilidade geopolítica ligada ao dólar americano.

“Em um mundo cada vez mais fragmentado, a neutralidade do ouro — ele não pertence a nenhuma nação e não carrega risco de contraparte — o torna o hedge político definitivo.”

Desempenho do ouro nos últimos 100 anos (em vermelho) e corrigido pela inflação (em vermelho claro). Fonte: FMI/Reprodução.
Desempenho do ouro nos últimos 100 anos (em vermelho) e corrigido pela inflação (em vermelho claro). Fonte: FMI/Reprodução.

“Do ponto de vista econômico, o valor duradouro do ouro se apoia em três características: escassez, durabilidade e confiança”, destacou o FMI, notando que a oferta do metal cresce cerca 1,5% ao ano.

Embora reconheça que o Bitcoin carrega algumas das características do ouro, o texto aponta que essa comparação é incompleta.

“O Bitcoin é volátil, intangível e dependente de infraestrutura digital. O ouro, por outro lado, carrega o peso de milênios de confiança. É uma realidade física, imune a falhas de código ou proibições regulatórias.”

“Se o Bitcoin representa o futuro da crença especulativa, o ouro incorpora a memória da fé coletiva. Ambos revelam que o dinheiro, em sua essência, é uma construção social — uma história compartilhada que contamos sobre o que importa”, escreveu o FMI.

Em outras palavras, a diferença entre os dois ativos ainda é cultural. Isso porque todos reconhecem o ouro como algo valioso, sem precisar refletir sobre isso. Afinal, esta crença existe há milênios.

Já o pensamento sobre Bitcoin ser valioso ainda não é unânime, principalmente por depender de estudo individual para entendê-lo e colocá-lo lado a lado, ou até na frente, do ouro.

Bitcoin deverá ganhar força com as próximas gerações

Embora hoje a adoção do Bitcoin enfrente uma fricção, é bem provável que isso seja eliminado nas próximas gerações. Afinal, o Bitcoin será algo normal e elas não precisarão refletir sobre isso.

Ou seja, algo cultural, como acontece no ouro.

No ano passado, um fundo gerenciado por estudantes da universidade de Stanford resumiu bem essa nova realidade:

“No [livro] Sapiens, Yuval Noah Harari demonstrou o poder do ser humano em criar “Realidades Imaginadas”. A crença coletiva em histórias trouxe realidades imaginadas como dinheiro, religião, lei. O Bitcoin é a realidade imaginada mais poderosa da era digital. Sua história? A melhor reserva de valor.”

Essa mudança cultural já pode ser observada em alguns países pequenos, especialmente em El Salvador e Butão, que recentemente anunciou a criação de uma nova cidade. No entanto, bancos centrais de potências econômicas também estão sondando a ideia de comprar Bitcoin.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.
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