O mercado global de criptomoedas registra uma redução de aproximadamente 15% no volume total de capitalização na quarta-feira (24). Dados da plataforma de monitoramento CoinMarketCap apurados pela reportagem indicam que o valor agregado do setor recuou de US$ 3,44 trilhões no Natal de 2024 para US$ 2,93 trilhões atualmente.
O Bitcoin (BTC) mantém a posição de liderança com uma cotação média de US$ 87.060,75 nas negociações do dia. A moeda apresenta uma desvalorização acumulada de 11,8% na comparação com o pico de US$ 98.675,91 observado no feriado do ano anterior.
A participação do Bitcoin no total do mercado subiu de 57% para cerca de 59,2% no mesmo intervalo de doze meses. Esse movimento sugere uma concentração de recursos na moeda principal enquanto outros projetos enfrentaram desvalorizações mais acentuadas ao longo de 2025.
O ano atual caracteriza-se como um período de ressaca e consolidação após a euforia registrada no ciclo passado. Investidores buscaram proteção no ativo de maior liquidez diante da correção generalizada que atingiu o setor de tecnologia blockchain.
Desempenho do Ethereum e o recuo das altcoins
O Ethereum (ETH) sentiu o impacto da correção com uma queda de 16,3% em seu valor de mercado nos últimos doze meses. A segunda maior moeda do setor recuou de US$ 3.491,96 para a faixa de US$ 2.924,09 e perdeu força competitiva frente ao Bitcoin.
A rede enfrenta uma disputa acirrada com outras soluções de segunda camada e protocolos mais novos que atraem desenvolvedores. O volume diário do ativo gira em torno de US$ 17,6 bilhões e confirma a manutenção de sua relevância para contratos inteligentes apesar da baixa.
As moedas alternativas (altcoins) sofreram as maiores perdas percentuais no período acumulado de um ano dentro do grupo das dez maiores. A Solana (SOL) registrou uma baixa próxima de 38% após o rali anterior, enquanto a Cardano (ADA) e a Dogecoin (DOGE) caíram cerca de 60% cada.
A saída de capital desses projetos reflete um comportamento mais seletivo do mercado em 2025. Grandes investidores optaram por reduzir a exposição ao risco em ativos voláteis e migraram para opções consideradas mais seguras ou estáveis.
Exceções positivas e o crescimento das stablecoins
O BNB (BNB) aparece como um dos poucos ativos com saldo positivo no topo do ranking e acumula alta de 20% no ano. A rede Tron (TRX) também valorizou aproximadamente 9% e se beneficiou do uso contínuo de sua infraestrutura para pagamentos e transferências.
As moedas pareadas ao dólar ganharam relevância como refúgio de valor e registraram volumes expressivos de negociação diária nas corretoras. O Tether (USDT) movimenta mais de US$ 71 bilhões por dia, enquanto a USD Coin (USDC) mantém um giro diário próximo de US$ 9,8 bilhões.
O volume diário do Bitcoin permanece na casa dos US$ 31 bilhões mesmo com a retração de preço em relação ao ano passado. Isso demonstra que a liquidez do ativo líder segue alta e permite grandes movimentações de compra e venda sem dificuldades técnicas.
