Mais um criminoso responsável por lavagem de dinheiro foi detido em uma ação feita pelo FBI. Maksin Boiko, um rapper da Rússia radicado nos EUA, foi preso pelo órgão, acusado de desviar milhares de dólares em criptomoedas.
Suas ações foram registradas tanto na recém-extinta plataforma BTC-e quanto em meio ao grupo hacker internacional QQAAZZ. Neste, inclusive, o músico era tido como um cibercriminoso bastante influente.
Tudo começou quando Boiko entrou nos EUA no dia 19 de janeiro deste ano. Em sua declaração de bens ele alegou ter uma quantia total de 20 mil dólares, como resultado de investimentos em Bitcoin de aluguel de imóveis na Rússia.
Porém, em pouco tempo suas fotos no Instagram ostentando muito mais do que alegava ter começou a chamar a atenção das autoridades.
Desta forma, uma investigação se iniciou para entender a origem de fotos que mostravam o rapper com bolos de dinheiro. Em pouco tempo, foi descoberto que estava vinculado ao nome de Boiko uma corretora da BTC-e que em 2015 movimentou, sozinha, cerca de 3% do volume global de Bitcoin.
Entretanto, este perfil acabou sendo encerrado em 2017, fazendo com que a investigação se intensificasse ainda mais sob ele.
Resultados da investigação do FBI
A partir de uma consulta no banco de dados do FBI, foi descoberto que a conta de e-mail usada para esta movimentação foi feita no nome do rapper.
Seu usuário dentro da Exchange estava registrado como como “gangass”. Após uma análise de suas movimentações, foi descoberto que sua conta recebeu 387.964 dólares.
Porém, em contrapartida ele tirou 136 bitcoins, uma quantia muito maior do que a recebida. Assim, foi configurado o crime de lavagem de dinheiro.
Maksin Boiko foi preso, e as suspeitas de sua colaboração com o grupo QQAAZZ aumentaram. Esta organização hacker internacional já foi responsável por roubar mais de 10 milhões de dólares no passado.
O fato de ter vindo de outro país, e começado a ostentar uma riqueza que não tinha sido declarada foi o suficiente para que o músico levantasse as suspeitas que o levaram para a prisão.
A ação de Boiko exemplifica um crescente aumento de crimes de lavagem de dinheiro com criptomoedas. Cada vez mais delitos desta natureza, seja em esquemas de pirâmide ou por ações de indivíduos agindo sozinhos são registradas em todo o mundo.
Assim sendo, há uma crescente fiscalização dentro do criptomercado, com o objetivo de tentar coibir este tipo de prática criminosa.