Conhecido pela maneira humorística de denunciar pirâmides financeiras em seu canal do YouTube, o “Rei das Finanças” segue sendo perseguido na justiça. A Credminer processou o Facebook e pediu remoção de conteúdos do youtuber após vários posts no Instagram acusarem a autora de operar um esquema de pirâmide.
Nos últimos dias, o Google foi processado pela representante da NUI Social no Brasil, que pediu que conteúdos postados pelo youtuber fossem removidos. Na ocasião, a justiça apontou que era uma tentativa de censura ao youtuber, que não poderia ser acatada por infringir a Constituição Brasileira.
Cabe o destaque que, no passado, a Credminer já processou o canal do YouTube do Rei das Finanças, tendo removido dois vídeos. A empresa alega que já foi alvo de investigações da CVM e Ministério Público e não há problemas em seu negócio. O Livecoins procurou ambas as partes para entender melhor a situação.
Credminer processa Facebook e pede remoção de posts no Instagram de Youtuber que denuncia pirâmides
A MDX Capital Miner Digital Ltda, conhecida como Credminer, processou nos últimos dias o Facebook Brasil. O motivo, é porque o youtuber, conhecido como “Rei das Finanças”, havia publicado informações em redes sociais citando a Credminer como um esquema de pirâmide financeira.
No passado, a Credminer já havia processado o Google para remover conteúdos do canal do YouTube do Rei das Finanças. Em decisão, de segunda instância, o Google removeu dois vídeos do canal, ainda em 2019.
Contudo, em uma busca feita pelo Livecoins, no canal Rei das Finanças ainda consta vários vídeos que apontam a Credminer como um esquema de pirâmide financeira.
Em conversa com o criador do Canal Rei das Finanças, que alerta contra golpes na internet, em sua opinião, ele não inventa nada.
“O historico deles é que os condena, que os crimes quem cometeu foram eles. Eu apenas trago uma pequela luz sobre o que eles mesmos plantaram e eu não invento nada, apenas esclareço as coisa do meu ponto de vista..
Em conversa com o Livecoins, o youtuber afirmou que seria uma censura excluir seus conteúdos de redes sociais, mas ele não havia sido notificado diretamente do caso.
O Youtuber afirmou que as criptomoedas do grupo, por exemplo, a “LQX seria uma shitcoin fraudulenta que estão tentando colocar no mercado do crime“.
Credminer pediu que Facebook identifique usuários por trás da conta
A empresa se defendeu em um processo movido contra o Facebook, aberto no início de maio e que pediu remoção de conteúdo com urgência do Instagram.
O conteúdo era de publicações feitas pelo Rei das Finanças em seu Instagram, apontando a Credminer como uma empresa suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira.
A Credminer ainda pediu, além da exclusão das páginas que mencionavam a empresa como pirâmide, que os dados de identificação dos responsáveis pelas publicações fossem revelados. O juiz que cuidou do caso, Dr. Guilherme Ferfoglia, deferiu parcialmente o pedido.
DEFIRO PARCIALMENTE o pedido de tutela de urgência para determinar que a requerida (i) remova de sua plataforma as postagens virtuais constantes das URLs listadas à fl.34, item I, do pedido, e (ii) armazene todas as informações necessárias para a identificação dos responsáveis pelas publicações mencionadas na petição inicial até a solução final do processo
Após ciência da decisão, o Facebook Brasil, representado pelo escritório Tozzini Freire Advogados, respondeu que acatou o pedido. Nesta terça (19), todos os links que mencionavam a Credminer como suspeita de pirâmide no Instagram do Rei das Finanças já haviam sido removidos.
No Reclame Aqui, a Credminer é apontada como “ruim” e há pelo menos 90 reclamações registradas. As mais recentes apontam problemas nos saques, falhas no suporte e a mudança de nome para WeHPM.
Por fim, o Livecoins procurou a Credminer para questionar sobre as acusações de operar um esquema de pirâmide financeira. Segundo autos do processo 1037000-13.2020.8.26.0100, todavia, a empresa nega qualquer irregularidade e afirma ser idônea perante a lei brasileira.
Até o fim desta reportagem, entretanto, ainda não havíamos recebido retorno dos questionamentos.