A plataforma para viajar pagando com criptomoedas Travala.com viu seu lucro em Maio subir 205% comparado com o mês de Abril, apesar da atual pandemia de COVID-19.
Segundo um relatório mensal da Travala, o número total de quartos reservados através da plataforma foi de 541 em Maio, 45,8% a mais que em Abril, sendo que 16% destes foram pagos com a sua criptomoeda nativa, a AVA. Esta foi a segunda criptomoeda mais popular na plataforma, perdendo apenas para o Bitcoin (BTC), que foi usado em 21% dos pagamentos.
Os resultados da Travala, que permite aos seus usuários agendar viagens para os mais de 120,000 destinos disponíveis no Booking graças a uma parceria com a mesma usando criptomoedas, foram impulsionados por maior procura pela sua marca, que cresceu mais do que empresas do setor como a Trivago ou a própria Booking.
O relatório indica que o crescimento da sua marca viu o tráfego orgânico – oriundo de motores de busca, subiu mais de 370% em Maio, enquanto o tráfego pago e de redes sociais subiu 53% e 69% respetivamente. O tráfego enviado para a Travala de outros websites cresceu mais de 130% no mesmo período.
Os maiores aumentos em motores de busca foram vistos no Reino Unido, na India, na Autralia, e nos Estados Unidos, com estes a registrarem um aumento de mais de 600%. Grande parte das viagens agendadas, note-se, foram internas.
O crescimento aconteceu no mesmo mês em que a Travala se juntou à plataforma de agendamento de voos com criptomoedas TravelbyBit , o que viu esta começar a deixar os seus usuários agendarem voos com mais de 600 companhias aéreas através da sua plataforma.
Em declarações ao CoinTelegraph Juan Otero, CEO da Travala, revelou que 60% dos pagamentos feitos na plataforma em Maio foram com criptomoedas, e 40% com cartões de crédito e com o PayPal:
“Acredito que não é apenas porque a adoção de criptomoedas está crescendo todos os dias, mas também porque criamos uma plataforma que permite que as pessoas paguem com [com criptomoedas sem] muito do atrito.”
Otero acrescentou que as pessoas parecem mais abertas a pagar com criptomoedas agora, e que voltaram quase de imediato assim que restrições relacionadas com a pandemia foram levantadas. A pandemia já infetou mais de 6.3 milhões de pessoas em todo o mundo, e levou a vida de mais de 375,000.
No Brasil, há já mais de 515,000 casos confirmados e morreram mais de 29,300 pessoas por causa da doença. No total mais de 207,000 pessoas recuperaram.